quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Como é difícil lidar com ela
colocar a mão na lama
fica tudo sujo
não há mais como apagar
nós na verdade a maioria prefere não vê-la
mas como apagar esta visão
nuca esquecemos quando a miséria nos encara
nada apaga a marca de quem viu a miséria!

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

domingo, 16 de novembro de 2008

Home adaptado Homem alienado?

Qual seria a minha capacidade de adaptação? O homem moderno, homem adaptado, a cada tropeço está indicado que não há tempo, como bula de remédio já me disseram repetidamente "o mundo não para quando você cai" sábio?profético? Tudo bem o mundo não para, mas eu parei,se tudo não esta bem como posso eu permanecer me adaptar quase que rompendo comigo mesma e meus sentimentos. Bem posso modificar as situações para que estas sejam como espero? Não,porém porque eu devo então estar em prontidão com uma bela saída, destemida para tudo,já sei sei o mundo não para para mim. Esta exigência de conformação a cada fracasso, uma tranquila aceitação seguida de uma continuidade do nada, afinal o homem indignado é o homem stressado, as pesquisas comprovam ele viverá menos. A rotina que a principio pode aparentar falta e mudanças e novas perspectivas ao sofrer brusca mudança, como no caso de uma transferência no trabalho trouxe para mim uma sensação de um misto de euforia "sacudir o pó,respirar novos ares" seguida de um vazio e de alguém descartado.
. . .
Bem eu que estava lendo sobre a importância do trabalho, enraizamento, sofri o baque do desenraizamento comentado por Simone Weil, claro que talvez aparentemente para uma estudante de ciências sociais eu deveria estar aqui criticando com veemência meu "patrão" e todo sistema que me explora, mas bem o que é mais critico foi a sensação que senti no primeiro dia que soube da mudança. O enraizamento (deixo claro em minhas palavras) é a identificação que criamos em nosso ambiente de trabalho, nossa identificação, pessoas conhecidas, um circulo de laços e identidade, eu fui desenraizada, a mudança faz com que deixe para trás a Dona Maria quem ensinei a digitar e pesquisar através de pequenas instruções de informática, sim eu da ciência social lidando com a informática, isto mudou minha visão sobre o computador onde com desconfiança eu via mais uma distração de que um grande veiculo de comunicação e aprendizado. Deixei as crianças, com quem fiz amizades, e é claro o pc que eu usava, o armário que guardava minhas coisas, eu sei que nada disso é meu, sei também que era paga e "mal paga" para prestar estes serviços, seria eu a mais nova alienada?Vai falar isso para o pequeno vazio que senti e a sensação de que as relações são cada vez mais descartáveis. Qual é meu valor de mercado? Esta certo que algumas coisas por lá me incomodavam, relações desgastadas, pessoas por vezes desagradáveis, é apenas um estagio, mas fico pensando nas pessoas com vinte anos em um trabalho, aposentadas após anos em um único emprego, seriam estas pessoas alienadas ao sentir saudade ou terem uma relação de afeto com seu patrão, será que se soubessem que são exploradas seus olhos se iluminariam e estariam libertos da alienação? Bem talvez alguns mais esclarecidos intelectualmente pela leitura diriam que sim, esta é a chave da revolução que nos libertará desta sensação piegas de apego a exploração, uma pena que talvez grande parte destes intelectuais aprenderam isto lendo e não trabalhando, sentindo na prática o vazio de demissão, deve ser por isso que suas aposentadorias somente chegam com sua morte....O que diria Marx?

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

História Real



O que tem em comum Lynch, Disney e um velho?
Porque assistir? Seria loucura fazer uma longa viagem em um
pequeno trator de cortar grama?
Não vou resumir aqui a sinopse do filme História Real do diretor David Lynch você a encontra em muitos sites de cinema, apenas quero refletir por que ver este filme?
O que seria loucura de "velho" é transformada em uma jornada que ao final todos torcemos pelo personagem como se este fosse um grande desbravador épico(...)
Por que os olhos de Sissy Space faz com que a emoção fique retida em nós identificando a sensação de quem fica à espera...
As ações de Alvin vão além de lições açucaradas da velhice, revelando que a sabedoria e a paciência são alcançadas pela idade;
A simplicidade do filme foge do dramalhão usual e emociona num misto de beleza, aprendizado e admiração pela figura simples do velho Alvin que com objetivo da sua viagem passa para todos uma mensagem bem que não irei conta-la.
Cada um terá sua impressão eu vi em Alvin a expressão "eu sei" não de maneira grandiosa imperativa, mas de forma limpa clara e verdadeira ele sabe, só os olhos que viram muita coisa, descobrem que ao final não há motivação na exaltação, na rapidez, ou no medo, o que importa mesmo está em tudo que ja estava ali perto simples e conhecido...
Asseguro não é piegas é real...