sexta-feira, 22 de maio de 2009

Escolha original

Complicado palavra fascinante, a cada gesto e atitude humana as decisões nos surgem hora reveladas no semblante do que é correto ou mais conveniente. Claro que a moral social guia muitas ações pessoais, mesmo as mais irracionais que em sua subcamada é talhada aos moldes socialmente corretos, eles me sinalizam um único caminho real e com toque puramente humano. Em dias que os atos mais nobres ausentam os passos da alma mais espirituosamente virtuosa, a alma moral nos tolhe de ações espontâneas e causa perdas irreversíveis. Cada instante de escolha nos tira uma opção, ganho algo perco algo, como uma lógica de duas alternativas perco-me em uma trajetória relutante temendo um final não empolgante. E a beleza de uma vida inconsequente me é tirada por tudo que é correto, nobre e racional. O que é certo? A realidade que se revela puramente construção social não corresponde a expectativas sentimentais os moldes não são meus. Quem inventou o amor? Saudade e a compaixão? Esta forma social me aperta e comprime em um estado quase uniforme e esperado, quem dera uma alma selvagem e bela, quem dera voltasse a ser fera que nada prende e doma agindo apenas pela sobrevivência, com liberdade plena. Quero escolha original e nada mais impera em meu peito.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Por que não posso ter sonhos se já não me satisfazem as coisas?
Eu tenho aquela antiga chama e o conhecido medo da ausencia de ação.
Talvez meu pior fracasso será morrer com a chama morna,
sem derrota que apague ou conquista que aplaque
a minha vontade de colocar fogo no mundo.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Quantas cobras mais vou ter de matar?

Porque tão mesquinho? Pensar tão restrito?
Andas desejando o que me pertence,
rondando meus calcanhares,
tomado de anseio pelo alheio.

Depois que minha proteção partiu
levou consigo a estrutura da firmeza
minha fé inabalável,
de uma confiança pura.

Agora me rondam as pestes
que no deserto foram pragas.
Estas bestas ontológicas vivem dos finais
de tudo que sonhei.

E agora que em meus lábios tenho a conquista
objetivam roubar a concreta alegria.
Saiam dos meus pés e da soleira da minha imaginação.
A inveja é sentimento intrínseco destes seres.

Com ladainhas intermináveis de desanimo
Volte meu protetor espírito
o escudo anda fino como casca
Desejam jogar-me no vazio

Essa é para Ce força.