Olás

Pois bem iniciei este blog escrevendo com uma frequência quase diária, após algum tempo e tempo as palavras foram ficando escassas o dia engolindo minhas ideias e agora um novo projeto anda concentrando todos meus fiapos de criatividade. Mas sei que algumas pessoas passam por aqui as vezes e não vou abandonar meu projeto inicial. Vou começar falando desse novo projeto que estou participando, com apoio financeiro do programa Universidade sem fronteiras do governo do estado do Paraná, o Laboratório Itinerante de Ensino de Sociologia projeto do qual faço parte como aluna recém formada busca criar uma instalação itinerante permeada pelos temas da sociologia de forma interativa. Este projeto irá ser executado em três escolas publicas paranaenses, estamos ainda em fase de elaboração dos painéis e atividades. Vou divulgar aqui o blog do projeto dá uma passada por lá.
http://labitinerante.blogspot.com/

Escolha original

Complicado palavra fascinante, a cada gesto e atitude humana as decisões nos surgem hora reveladas no semblante do que é correto ou mais conveniente. Claro que a moral social guia muitas ações pessoais, mesmo as mais irracionais que em sua subcamada é talhada aos moldes socialmente corretos, eles me sinalizam um único caminho real e com toque puramente humano. Em dias que os atos mais nobres ausentam os passos da alma mais espirituosamente virtuosa, a alma moral nos tolhe de ações espontâneas e causa perdas irreversíveis. Cada instante de escolha nos tira uma opção, ganho algo perco algo, como uma lógica de duas alternativas perco-me em uma trajetória relutante temendo um final não empolgante. E a beleza de uma vida inconsequente me é tirada por tudo que é correto, nobre e racional. O que é certo? A realidade que se revela puramente construção social não corresponde a expectativas sentimentais os moldes não são meus. Quem inventou o amor? Saudade e a compaixão? Esta forma social me aperta e comprime em um estado quase uniforme e esperado, quem dera uma alma selvagem e bela, quem dera voltasse a ser fera que nada prende e doma agindo apenas pela sobrevivência, com liberdade plena. Quero escolha original e nada mais impera em meu peito.

Por que não posso ter sonhos se já não me satisfazem as coisas?
Eu tenho aquela antiga chama e o conhecido medo da ausencia de ação.
Talvez meu pior fracasso será morrer com a chama morna,
sem derrota que apague ou conquista que aplaque
a minha vontade de colocar fogo no mundo.

Quantas cobras mais vou ter de matar?

Porque tão mesquinho? Pensar tão restrito?
Andas desejando o que me pertence,
rondando meus calcanhares,
tomado de anseio pelo alheio.

Depois que minha proteção partiu
levou consigo a estrutura da firmeza
minha fé inabalável,
de uma confiança pura.

Agora me rondam as pestes
que no deserto foram pragas.
Estas bestas ontológicas vivem dos finais
de tudo que sonhei.

E agora que em meus lábios tenho a conquista
objetivam roubar a concreta alegria.
Saiam dos meus pés e da soleira da minha imaginação.
A inveja é sentimento intrínseco destes seres.

Com ladainhas intermináveis de desanimo
Volte meu protetor espírito
o escudo anda fino como casca
Desejam jogar-me no vazio

Essa é para Ce força.

Toque de recolher

Esta semana esteve presente nos noticiários a noticia de que mais uma cidade do Estado de São Paulo implantou o toque de recolher para menores de 18 anos.Uma decisão judicial que gerou polémica. Depois de escutar entrevistas dos pais que eram à favor que alegavam o auxilio na diminuição da violência e infração dos adolescentes, que acabam consumindo bebidas alcoólicas e infringindo a lei tarde da noite, já os adolescentes interrogados contestavam esta medida. A maioria dos canais de televisão colocaram esta noticia como algo que estava acontecendo em família, de forma pessoal a discussão da intervenção do Estado na educação familiar rumou para uma decisão aparente de proteção dos pais que não conseguem mais impor "regras" e precisa do estado para intervir. O que mais chama atenção que não houve uma reflexão sobre como esta medida fere o direito constitucional de ir e vir, a liberdade de escolha de como educar seu filho é abdicada por muitos entrevistados apenas pela sensação de conforto do filho ser obrigado por lei ficar em casa. Um adolescente não pode infringir a lei a qualquer hora do dia? Acho que talvez esteja ligado aí o mito da noite da obscuridade. A redução dos índices de violência que das cidades que aderiram ao toque é a maior justificativa e razão de defesa da medida, devemos então refletir: Por que não implantamos o toque de recolher para todos adultos que também consomem bebidas alcoólicas e dirigem alcoolizados? Isto vai impedir o aumento da violência? Quem sabe algum juiz não decide que esta medida seria boa?
Esta discussão me fez recordar de projeto de uma vereadora maringaense que queria estabelecer um horário para que os bares funcionassem,segundo ela diminuiriam os índices de violência. E o lazer da população? Os donos dos bares? A bebida alcoólica que acaba sendo o mote dessas discussões sempre esteve presente nas relações humanas, é permitido beber o que nossa cultura repudia é estar embriagado no bom linguajar bêbado.
Será que temos mesmo que nos proteger de nos mesmos? Não saindo as ruas em determinados horários, não frequentando bares, não bebendo? Essas medidas restringem a liberdade de escolha e culmina na questão chave: Temos a necessidade de restringir judicialmente das nossas próprias escolhas? A melhor medida é criminalizar a liberdade humana? Depois dizemos que a lei no Brasil não funciona, mas muitos estão depositando na lei a crença de que seus filhos seriam melhor educados e protegidos. Em três cidades paulistas policiais saem as ruas para recolher adolescentes e trazê-los à salvo para o seio de sua família.

"Existem homens reais e verdadeiros
Homens reias existem
Homens verdadeiros amam"

Feliz Aniversário

Hoje escrevo poesia
sem saber a melodia
ou fazer caligrafia.

Não faço por dinheiro
não tenho caneta tinteiro,
nem desse oficio meu sustento veio

Sem prestigios com a palavra
junto um monte de nada
justifico tudo sem vergonha na cara

Somada a muitos intrometidos
venho em pequenos vestigios
ser uma escritora fingida, poeta enxerida,

Marvin Gaye

Penso que é um habito um tanto peculiar nosso de lembrarmos o dia da morte de nossos ídolos, muitos ainda dizem a seguinte frase "aniversario da morte" aniversario leva a comemoração? Bem de qualquer forma utilizo-me deste critério para postar aqui um vídeo de Marvin Gaye e sua musica provocante, com tanta melodia Let's get it on é uma das minha favoritas, Marvin disse que suas musicas despertam sensações que curam (Sexual healing), vamos então deixar fluir com esse som...

Estou ligada

Dia 23 de Abril de 2008 escrevi minha primeira postagem neste blog uma reflexão sobre meu olhar "cientifico" e minha própria realidade, minhas duvidas, poesias, comentários corriqueiros e até um "piti" acadêmico foram aqui postados, decidi escrever em um blog por influência de outros blogs, repletos de informações e em sua maioria reflexões simples, os textos surgem rápidos como um tira gosto para o inicio de uma reflexão própria do leitor ou alguma curiosidade que o mesmo nem sabia que tinha. O que escrevo são situações e sensações que na maioria das vezes ficavam na minha cabeça, não por falta de amigos ou companhia, mas porque realmente existem coisas que muitas pessoas não param para escutar seja pelo tempo ou praticidade, os assuntos acabam sendo fatos diários nossos.
Aqui posso falar sobre um caso que aconteceu em um ponto de ónibus, através de uma teoria sociológica ou por uma sensação humana. Sempre soube que algumas pessoas iriam frequentar este espaço, "meu espaço", amigos colocados em uma lista de emails, curiosos e claro alguns desconhecidos, depois de alguns meses instalei um contador, gostaria de ver quantas pessoas acessavam meu blog e sua localização, este contador mais detalhado "rastreia" a pagina localizada em meu blog pelo leitor e até mesmo a localidade da sua rede, não sei ao certo se é exato e fiel as informações , sei que hoje fiquei muito surpresa ao verificar a localização dos leitores, assumo que muitos permanecem pouco na pagina outros ficam mais tempo, isto me impressionou porque por mais informações a respeito da ligação em rede mundial que a Internet gera suas dimensões foram sentidas por mim neste momento.
Após ver as diversas localidades fiquei receosa afinal muitas coisas que aqui escrevo são pessoais/impessoais, não sei como estão sendo interpretadas estas informações, será que escrevo coisas absurdas? Quais mensagens passo com os texto? Será que devo continuar? Logo em seguida como uma confusa cientista social admiti para mim mesma fiquei muito feliz e agradecida, agradecida por estar sendo "lida", não sei se algumas reflexões que são minhas estão atingindo vocês caros leitores, afinal como repito são meus apontamentos sobre a realidade uma visão gerada por minha trajetoria histórica e informações a cerca do mundo, mas com uma ponta de orgulho espero que sim, que cada momento meu seja de todos que por aqui passam, as vezes engraçados, sentimentais, revoltados ou esperançosos. Obrigada por compartilharem minhas reflexões em especial ao Prof Ozaí que sempre lê tudo que escrevo suas palavras sempre elevam minha estima pelo que sou pelo que digo a todos. Bem vindos à área vip das minha reflexões!!!

Infância roubada

“Quatro são presos sob acusação de pedofilia

27/02/2009 - 05:22 - Agência Estado

Depois de passarem por sessões de reconhecimento com dez crianças, quatro pessoas foram presas nesta quinta-feira em Catanduva, a 385 km de São Paulo, acusadas de participar de uma rede de pedofilia que abusou de 24 crianças pobres dos bairros Jardim Alpino e Cidade Jardim. Segundo a delegada Rosana Vanni, responsável pelo caso, as prisões temporárias são do vendedor William Melo Souza, de 19 anos, e do operário Eduardo de Aquino, também de 19”.

Fonte:http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2009/02/27/quatro+sao+presos+sob+acusacao+de+pedofilia+4370922.html

“43 pedófilos online são presos em Londres

Quinta-feira, 13 de março de 2003 - 16h58

SÃO PAULO - A polícia londrina prendeu 43 homens, suspeitos de terem baixado pornografia infantil da web para seus computadores.

Estes pedófilos presos hoje (dia 13) foram os últimos a serem identificados de uma lista de sete mil cidadãos britânicos que forneceram seus cartões de crédito para entrar em sites americanos de pornografia infantil, conta o TheInquirer. A extensa lista foi passada às autoridades britânicas por investigadores americanos há alguns meses”.

Fonte: http://info.abril.com.br/aberto/infonews/032003/13032003-6.shl

“CPI ouve em audiência pública acusados de integrar rede de pedofilia em Catanduva Plantão | Publicada em 18/03/2009 às 07h19m Bom Dia São Paulo, O Globo

SÃO PAULO - Integrantes da CPI da Pedofilia ouvem nesta quarta-feira sete pessoas, entre testemunhas e suspeitos de integrar uma rede de pedofilia que teria abusado sexualmente de pelo menos 40 crianças em Catanduva, a 379 quilômetros de São Paulo. Os depoimentos acontecem durante audiência pública na Câmara Municipal da cidade.

Dentre as pessoas que serão ouvidas hoje está o borracheiro José Barra Nova de Mello, de 46 anos, vulgo Zé da Pipa, que atraía as crianças para sua casa com a desculpa de ensinar piano, fazer pipas, e 'alugar' o videogame e jogos eletrônicos. Até sexta-feira, a CPI deve ouvir 11 pessoas na cidade.”

Fonte:http://oglobo.globo.com/sp/mat/2009/03/18/cpi-ouve-em-audiencia-publica-acusados-de-integrar-rede-de-pedofilia-em-catanduva-754885828.asp

"Sentimento da infância corresponde a uma consciência da particularidade infantil "(ARIÈS, Philippe. História social da criança e da família).

Qual seria o sentimento da infância atual? Na Idade Média não havia a concepção da fase infantil cercada de cuidados e proteção de ações adultas, as crianças após dispensarem cuidados basicos eram incorporadas ao mundo adulto e tratadas como tal, não havia uma aura de inocência, a criança era retratada em pinturas como um “pequeno adulto” dedos, roupas e feições adultas. Quando muito pequena a criança não existia era um individuo em fase de trasição, inclusive aprendiam cedo o trabalho doméstico não havia nada de errado em executar estas tarefas.

Surge a paparicação da criança, consciência da inocencia e da fraqueza da infância, ocorre uma aproximação dos pais com seus filhos, a escola surge como necessidade fundamental para criança de finalmente culminamos na atualidade com estatuto da criança ECA, que ampara as crianças e os adolescentes através de leis que proibem o trabalho infantil, cria formas legais e teoricamente preparadas para julgar menores infratores e o cumprimento dos direitos basicos como alimentação, moradia e escola, porém a realidade nos revela que as leis não são aplicadas e que muitas crianças não estão nas escolas, não possuem moradia e nem ao menos uma familia, mas as leis existem e a frase gasta “ as crianças são o futuro do país” ainda habita a boca de muitos politicos.

Como determinamos a infância? Os sentimentos infantis? Quais são os significados da infancia para a sociedade atual, quando lemos noticias como as postadas acima é possível questioonar o conceito de “inocência infantil”? Ainda podemos sustentar a idéia de que as crianças são protegidas do mundo publico?Os casos de pedofilia tranpõe sites e paginas da internet, estes crimes estão sendo praticados por juízes, medicos, mecanicos, jovens e velhos, homens casados e solteiros, uma cpi está acontencendo para tratar dos casos de pedofilia, não são apenas estupros, é uma violência praticada com crianças, os crimes possuem fotos, materiais disponibilizados via online que o mundo todo pode acessar.

Explicar os casos de pedofilia como uma doença? O fetiche sexual por crianças seria uma psicopatia? Todas estas noticias preocupam pais que tentam proteger seus filhos, mas como manter a “aura infantil” preservada diante de todos estes casos? Educar as crianças mantendo o sentimento infantil em uma atualidade que revela o oportunismo diante da fraqueza disperta a reflexão para de que forma vamos estabeler neste momento historico as bases da infancia moderna, quais serão os sentimentos da infancia, o que é ser criança na pós modernidade?

BIBLIOGRAFIA:

ARIÈS, Philippe. História social da criança e da família. Rio de Janeiro: Editora Guanabara, 1981.

UCHO Marcelo. A HISTÓRIA DA CRIANÇA - DA IDADE MÉDIA AOS TEMPOS MODERNOS O SURGIMENTODO SENTIMENTO DA INFÂNCIA

Kamau

O rap nunca foi meu gênero de musica favorita mas depois de tanto resistir, escutei o albúm do rapper Kamau "Non Ducor Duco" (latim Não dou conduzido, conduzo) admito gostei, as letras relatam o cotidiano dilemas e caminhos dos jovens de uma grande cidade como São Paulo mas que podem ser transportadas para a realidade dos jovens de diversos lugares. As letras conseguem transmitir mensagens pessoais de otimismo e ao mesmo tempo tratar de temas gerais possibilitando uma reflexão critica sobre a realidade de seu ouvinte. A musica que gostaria de destacar é " A quem possa interessar" uma homenagem do rapper a todos que correm atrás de seus objetivos realmente muito boa, esta letra ao mesmo tempo pessoal é geral trata de todos que mesmo apesar das diversidades e obstáculos sociais transpõe as barreiras e conquistam seu espaço, eu é claro me identifiquei com a musica, salve kamau universal!!!

My space: http://www.myspace.com/kamau76




A quem possa interessar (Kamau feat. Jeffe)

Essa é pra você que acorda cedo sem medo, sem receio
de reclamação de patrão, de busão cheio
sei que não é o trampo que ce sempre quis
mas ter o seu, sem pedir, já te faz feliz
então vai reclamar de quê? pra quê? pra quem?
não tem tudo que ama, mas ama tudo que tem
sabem bem o valor, o calor do suor
não esbanja mas quando pode tem do melhor
e o pior, é o olho de linguarudo
que fala como se tudo viesse de mão beijada
mas deixe estar que esses a vida ensina
segue sua rotina, já que não deve nada pra ninguém
que Deus ajude quem corre atrás
não quem fala que faz, quem faz acontecer
faz por merecer a saúde e o lazer
mó prazer em fazer esse som pra você, então

essa é pra você, que faz
por merecer, você
que corre atrás, que faz
sem se perder, você
que faz valer a intenção da canção
pra você, pra você, pra você...


Essa é pra você que escutava, prestava atenção
em casa sempre estudava, sempre entregava a lição
seu pai achava que não era mais que a obrigação
mas sua mãe tinha orgulho de ter um filho tão esperto
dia de prova todo mundo queria tá perto
pedindo cola, vagabundo dizia “tá certo”
foi assim do primário ao vestibular
com bolsa de 100% em cursinho particular
passou no curso que queria na primeira lista
mas viu que era mais difícil do que parecia
desbravou o território que desconhecia
diploma na mão e o aprendiz virou especialista
no estágio já mostrava competência
foi efetivado de cara, sem concorrência
quem te zuava e chamava de cdf
agora é seu camarada mas te chama de chefe

essa é pra você, que faz
por merecer, você
que corre atrás, que faz
sem se perder, você
que faz valer a intenção da canção
pra você, pra você, pra você...

Essa daqui é pra você, “quem, eu?”, é você
que toda vez que me via, me perguntava “cadê?”
sempre queria saber “ce tá trampando no quê?”
“quando tem show pra nóis vê?” “onde é que eu compro o cd?”
é isso que me diz que eu tô no caminho
não to perdendo meu tempo, não tô falando sozinho
se alguém reage, escuta e se identifica
canta junto, decora ou até critica
faz parte, e eu te entendo perfeitamente
infelizmente são poucos igual a gente por aí
desculpa aí se eu demorei, só sei que me esforcei
e até fui exigente demais mas se valeu a pena esperar
não sei qual será, só o tempo dirá
se esse som vai ficar na mente, no coração
bem guardado, vivo, sempre, na coleção

Essa é pra você, que faz
por merecer, você
que corre atrás, que faz
sem se perder, você
que faz valer a intenção da canção

8 de Março

Dia 8 de Março é o dia Internacional da Mulher, procurando na net há muitas historias sobre a fundação desta data, desde um massacre onde mulheres morreram queimadas em uma fabrica após entrarem em greve, ou uma data em 1975 em que a ONU decide homenagear as mulheres do mundo todo. Como anda a situação atual da mulher? Somos discriminadas? O resultado da enquete
feita aqui no blog revelou-se de certa forma "ponderado" um pouco dividido os leitores responderam assim a seguinte questão:

A mulher pós-moderna sofre discriminação?

Não 8%

Sim 33%

Depende de sua classe social 33%

Os "direitos" são iguais 25%

Está claro que pesquisas estatísticas revelam pouco sobre problemas sociais e as subjetividades desta questão. A mulher pós moderna sofre discriminação? Temos direito a votar, ao divorcio, ao trabalho assalariado, escolher casar ou não, aposentadoria, uma delegacia só para mulheres, creches, métodos contraceptivos de nossa escolha e finalmente um item muito mencionado esta semana nos noticiários "a maquina de lavar". Isto mesmo em mais uma declaração infeliz uma historiadora da igreja católica mencionou a maquina de lavar como uma das maiores conquistas femininas a frente da pílula anticoncepcional. Bem começaremos por esta declaração tratada pelos meios de comunicação com humor, repito a mulher atual é discriminada? Novamente um caso muito mencionado na tv esta semana sobre a menor que sofreu estupro do padrasto e teve o direito por lei ao aborto, os médicos que realizaram o aborto juntamente com a "criança" foram excomungados pela Igreja católica, novamente a mulher sofre preconceito por sua classe social?

Os casos de HIV entre mulheres e homens estão em termos numéricos iguais, a contaminação de ambos os sexos se igualou, muitas mulheres casadas estão contraindo o vírus, a mulher é livre de todos preconceitos? Não há creches disponíveis para maior parte da população, a discriminação depende de classe social? Cresce o numero de mulheres que criam seus filhos sozinhas somos capazes de trabalharmos e mantermos nossas famílias mas estamos em pé de igualdade? Este dia deixou em mim estas reflexões latentes cada um formule suas conclusões de acordo com seu sexo, cultura e religião.

Após ler estas frases que aparentemente caíram no cliché da repetição pude concluir que a discriminação da mulher pode depender e muito de sua classe social, raça e religião, porém ainda tenho uma grande duvida o preconceito de regras morais, desvantagem salarial, discriminação sexual devem ser tratados por uma questão de género? classe? raça? Ou todas são questões a serem consideradas mas que afetam homens também? Este tópico estará em constante edição, alguém se habilita a responder tantas questões?

A poesia anterior encontra-se também no Blog "cultura e ciência política" do Professor Antonio Ozaí passa lá
http://cienciapolitica-dcsuem.blogspot.com/2008/10/
eu-etiqueta-carlos-drummond-de-andrade.html

Eu, etiqueta

Em minha calça está grudado um nome

Que não é meu de batismo ou de cartório

Um nome... estranho

Meu blusão traz lembrete de bebida

Que jamais pus na boca, nessa vida,

Em minha camiseta, a marca de cigarro

Que não fumo, até hoje não fumei.

Minhas meias falam de produtos

Que nunca experimentei

Mas são comunicados a meus pés.

Meu tênis é proclama colorido

De alguma coisa não provada

Por este provador de longa idade.

Meu lenço, meu relógio, meu chaveiro,

Minha gravata e cinto e escova e pente,

Meu copo, minha xícara,

Minha toalha de banho e sabonete,

Meu isso, meu aquilo.

Desde a cabeça ao bico dos sapatos,

São mensagens,

Letras falantes,

Gritos visuais,

Ordens de uso, abuso, reincidências.

Costume, hábito, premência,

Indispensabilidade,

E fazem de mim homem-anúncio itinerante,

Escravo da matéria anunciada.

Estou, estou na moda.

É duro andar na moda, ainda que a moda

Seja negar minha identidade,

Trocá-lo por mil, açambarcando

Todas as marcas registradas,

Todos os logotipos do mercado.

Com que inocência demito-me de ser

Eu que antes era e me sabia

Tão diverso de outros, tão mim mesmo,

Ser pensante sentinte e solitário

Com outros seres diversos e conscientes

De sua humana, invencível condição.

Agora sou anúncio

Ora vulgar ora bizarro.

Em língua nacional ou em qualquer língua

(Qualquer, principalmente.)

E nisto me comprazo, tiro glória

De minha anulação.

Não sou - vê lá - anúncio contratado.

Eu é que mimosamente pago

Para anunciar, para vender

Em bares festas praias pérgulas piscinas,

E bem à vista exibo esta etiqueta

Global no corpo que desiste

De ser veste e sandália de uma essência

Tão viva, independente,

Que moda ou suborno algum a compromete.

Onde terei jogado fora

meu gosto e capacidade de escolher,

Minhas idiossincrasias tão pessoais,

Tão minhas que no rosto se espelhavam

E cada gesto, cada olhar,

Cada vinco da roupa

Sou gravado de forma universal,

Saio da estamparia, não de casa,

Da vitrine me tiram, recolocam,

Objeto pulsante mas objeto

Que se oferece como signo de outros

Objetos estáticos, tarifados.

Por me ostentar assim, tão orgulhoso

De ser não eu, mar artigo industrial,

Peço que meu nome retifiquem.

Já não me convém o título de homem.

Meu nome noco é Coisa.

Eu sou a Coisa, coisamente.

(Carlos Drummond de Andrade)

Drummond sempre atual em resposta a postagem " A importância do olhar" obrigada Ozaí pela sugestão.

O Lutador

Exibido pela primeira vez em Setembro do ano passado no Festival de Veneza - de onde saiu com o Leão de Ouro -, o filme conta a história de um profissional de luta-livre consagrado na década de 80 mas que, passados 20 anos, começa a dar sinais de decadência.
Depois da sequência, mostrando recortes de jornais, das glórias passadas do "The Ram",o lutador, ao som de "Bang your head",tema heavy-metal da banda "Quiet Riot", a câmara avança no tempo e focaliza um sujeito cansado, tossindo no vestiário de um ginásio caído, e sem dinheiro para pagar o aluguer da caravana aonde mora. Os longos cabelos loiros agora têm de ser tingidos,e os músculos, estão inchados devido ás injecções constantes de anabolizantes.
Mesmo que ainda grande como um touro - ou um carneiro, tradução exacta para "The Ram" - e idolatrado pelas gerações mais jovens de lutadores, Randy vai se sentindo cada vez mais deslocado. Após uma luta sangrenta pela "Combat Zone Wrestling", liga profissional de lutadores,americana, conhecida pelos combates ultraviolentos que envolvem golpes com vidro, arame farpado e diversos objectos cortantes, "Ram" sofre uma paragem cardíaca e é obrigado a deixar os ringues e começar a trabalhar,vendendo congelados num supermercado,para pagar as contas.Abandonado até pelo garoto,seu vizinho na caravana ao lado - o miudo, prefere agora,jogar o moderno "Call of duty 4", em vez do velho jogo de luta-livre que disputava com Randy numa Nintendo 8-bits.
A única amiga, de Randy, é uma stripper (Marisa Tomei,também nomeada nos Oscares) que, apesar de demonstrar certo interesse amoroso, procura evitá-lo para que este não se envolva com os seus clientes.
"Sou só um pedaço de carne velho e rebentado.Estou sozinho", desabafa a certa altura à filha (Evan Rachel Wood), que também o rejeita depois de anos,"The Ram" se ter comportado como um pai ausente.
Ao jeito de um Rocky Balboa sem a "patriotice" norte-americana, Randy,submete-se a toda a espécie de humilhações para tentar construir uma vida nova longe da lona.
A câmara de Aronofsky, no entanto, que o acompanha por cima dos ombros largos de lutador em boa parte do filme, como que andando pelos corredores de uma arena, não nos deixa esquecer nunca qual é o verdadeiro lugar do personagem.
(fonte http://duvique.blogspot.com/2009/02/mike-rourke-volta-aos-ringues.html)

A importância do olhar

Qual peso do olhar estético? Confesso que nunca utilizei grandes marcas em meu vestuário, claro que possuo um senso estético e sigo meu "gosto" que reconheço não ser exclusividade minha, porém a roupa sempre foi escolhida por mim pela aparência, caimento nunca por sua marca, afinal uma grande marca possui consecutivamente um grande "VALOR". Bem estive em São Paulo capital, visitei muitos lugares e sucumbi a Rua 25 de Março, estava lá eu em meio as barracas, camelos, e encontrei claro produtos "clonados" copias de grandes marcas, sei que é contra a lei, porém a perfeição das copias os preços, em conta adquiri um produto.
Voltando para minha cidade pude constatar ao usar o produto(isto está engraçado) que muitos olhares estavam direcionados para mim, sim, olhares curiosos, nesse instante comecei a entender porque tantas pessoas preocupam-se e gastam muitas vezes em suaves prestações para possuírem um produto de marca, seu status eu nunca quis aceitar, para mim sempre foi encarado como futilidade, o fetiche sobre a mercadoria, agora vejo que para muitos aquele item possuí uma função de "definição" como um falso realce de quem ele seria, o que ele teria e que classe social ocupa. Como é caro principalmente para adolescentes que em seus grupos não possui acesso aqueles artigos "seletos", como desmistificar a magia de um Nike ou adidas?
Bem aqui entra os artigo falsos, tudo bem que são feitos com materiais inferiores, não há como reclamar de defeitos, mas muitos estão tão próximos de seus originais, sei que é contra lei, mas e as grandes fabricas? Todos sabem como funcionam os esquemas exploratórios de produção, sei que a pirataria é crime apenas concluo que há outras formas de ver esta ação.

Formatura ou melhor formação!!

No dia 22 de Janeiro de 2009 precisamente as 18:00 fui convocada para a cerimonia da minha colação de grau, sim eu estava me "formando" eu confesso que não estava muito empolgada já me sentia graduada desde o final do ano, as notas finais aprovadas, pronto para mim já era uma cientista social. Chegando ao local muitas pessoas, realmente cheio, todos formandos trajados de beca, comecei a sentir a euforia e ansiedade no ar, bem após alguns minutos encontrando os colegas de sala todos reunidos, eu que permanecia "neutra" comecei a me animar, fotos fotos, bexigas, todos felizes, aliviados e temerosos pelos novos rumos, eis que chega a figura conhecida, todos achando que talvez ele não apareceria, Prof Ozaí, sim nosso mestre, me senti muito emocionado por ele ter comparecido, apesar de suas convicções ele foi ao nosso encontro muito sorridente cumprimentando todos, como é bom um rosto conhecido, ele conhece nossa trajetoria sempre presente sua imagem trouxe lembranças e uma sensação de aprovação para mim.
A cerimonia começou e depois de muitas formalidades os nomes de cada curso de cada aluno foram pronunciados, neste instante pude observar como aquele papel era tão importante o certificado de nossa formação, claro que lá não estava impresso a marca pessoal de cada colega, um mais antropólogo outro meio sociólogo/cientista politico e outros ainda indecisos. O que tenho a dizer de cada colega e cada rosto, alguns em lágrimas outros sorridentes fazendo piadas, para alguns a formatura será inicio de uma carreira, outros um complemento ou ainda para um uma conquista intelectual avançando no tempo.
O que a universidade trouxe para minha vida, foram tantas coisas que aconteceram demorei dias para pensar o que escrever aqui, por enquanto não sei que direção o título de cientista social vai me trazer, na verdade ando com a cabeça cheia de ideias e tentativas seguindo em frente, pensando nas pessoas que conheci, nas transformações que passei tantos físicas como intelectuais, sinto que foi acrescentada vida na minha vida isso mesmo, pessoas, situações, sensações, agora vou enfrentar todas as minha opções e escolhas, um pouco mais de vida!!!

O que cria intimidade? O tempo
O que faz perder a intimidade? O tempo

2º parte

O Congresso

Vou escrever em tópicos diversos sem muita ordem cronológica, chegamos a praça de Maio estava bem cheio e mau organizado, muitas pessoas chegaram lá pela manhã e não conseguiram se inscrever, eu e a Fran chegamos as 15 meu trabalho seria apresentado as 18, a fila não andava, comecei a me desesperar afinal já eram 17. Fui me informar depois de muita procura encontrei um organizador, fui bem atendida, como tinha de apresentar trabalho adiantaram minha inscrição e a da Fran também, tudo foi resolvido em 10 minutos e fui informada que meu trabalho estava marcado para as 20:30 da noite. Fomos a procura do local para minha surpresa seria em uma "barraquinha" de lona no meio da praça de Mayo, claro que adorei aquele clima nada informal e convidativo. Bem tenho que dizer foi um sucesso, estava cheio, meus colegas de trabalho uma brasileira estudante de mestrado na UEM(olha só mundo pequeno) e um argentino estudante de psicologia que tratou como tema a educação em Paulo Freire outra coincidência afinal o tema de meu trabalho também era sobre o ensino da sociologia no ensino médio e os meios novos de administrar a disciplina, ao final todos queriam saber quem era Wright Mills.
No outro dia o trabalho da Fran foi muito bem executado juntamente com uma oficina que inscrevemos juntas sobre "Educação Popular". O saldo de nossa participação foi otima.

Passeios, comidinhas e compras

Os passeios que fizemos durante os sete dias que ficamos lá foram bons, conhecemos diversos bairros, todos muito bonitos, arejados, os restaurantes em sua maioria servem também café da manhã, pizza, doces a qualquer hora do dia, cada um come o que quiser. Lá as pessoas fazem grande parte das refeições fora de casa, com uma qualidade surpreendente é possível fazer uma refeição gourmet no valor de 23 pesos menos de 18 reais incluindo sobremesa e café.
Fizemos algumas compras os preços não estavam tão bons mas deu para trazer alguns alfajores....

Conhecemos o Bairro Recoleta, ruas largas e belas mas não encontramos o túmulo da Evita, isso até foi bem estranho procurar um cemitério pela cidade de dia em pleno sábado rs. A Calle Florida seria como a 25 de Março para compras mas os preços estavam melhores em uma pequena rua que cortava a Calle com comercio mais popular. Para nossa sorte o metro entrou em greve no segundo dia de nossa estada, algumas linhas pararam então tivemos que nos aventurar de ónibus, um capitulo a parte.
Sempre reclamamos do transporte publico os preços etc, em Buenos Aires o preço do ónibus é 90 centavos de peso mas há um problema, só é utilizado no ónibus moedas você coloca as moedas e entra, mas não há moedas na cidade, isso mesmo a falta de moedas é um problema para todos os comerciantes não te dão moedas nem trocam dinheiro, além dos ónibus correrem muito e não haver uma forma de você sinalizar sua saída (alarme "cordinha") você tem de falar para o motorista qual ponto de ónibus vai parar e ele tem de fazer a proeza de lembrar cada parada, inacreditável!!! Bem nos aventuramos e nunca ficamos perdidas sempre com mapa em punho perguntávamos sempre que necessário e nunca recebemos informações erradas...

A diferenças

Como disse não são todos os argentinos que não gostam dos brasileiros porém muitos são hostis e mal educados com a gente, em alguns lugares do comercio ao entrarmos para olhar fomos mal recebidas, a simpatia constante no Brasil não reina lá. Na cidade de Buenos Aires as estatísticas apontam que existem mais homens do que mulheres, o comportamento de muitos homens argentinos que ao contrario de que as reportagens falam ser uma imitação europeia, acediam claramente as mulheres, não se passa impune nas ruas, tanto jovens quanto velhos, considerei uma grande falta de respeito a figura feminina o que revelou uma impressão marcada do estilo dito "latino" que para mim soava de mau gosto e desrespeitoso.
O espírito politico reina em cada argentino, assunto preferido, todos palpitam sobre alguma aspecto, participantes no ultimo dia do congresso pudemos observar uma grande manifestação, lá saem as ruas mesmo, porém seu sistema político e legislativo ainda se revela de certa forma desorganizado, a forma mais forte são manifestações, os mecanismos de ação politica são inferiores aos brasileiros o que nos sobra em conselhos, formas de ação, órgãos de reivindicação falta a eles, mas o que nos falta em motivação, sobra para nossos vizinhos, sempre de livros ou jornais em punhos até os mais idosos discutem politica e formas de mudanças, gostam de uma critica.
Esta viagem apesar de alguns "desvios" foi muito boa, além de um passeio, pude observar quais as diferenças culturais, como podem pesar no cotidiano, e realmente nunca fui tão brasileira como quando estive na Argentina.....claro que gostei mais tenho que dizer como adoro meu país....

Buenos Aires 1º parte

Bem como disse na postagem anterior acho que minha preguiça começou após a viagem a Buenos Aires, sim eu e Fran fomos para participar do 7º Congreso de salud mental y derechos humanos, inscrevi um trabalho e foi aceito, o Congresso é realizado na sede da Praça de Mayo e da Universidade das Madres, bem na verdade como é um evento bem grande ocorre em vários espaços ao longo da Avenida Hipólito Yrigoyen, o evento estava programado para os dias 10 à 13 de Dezembro. Saímos na segunda as 07:00 da manhã a passagem foi comprada em uma agência de turismo e o hostel reservado, estávamos seguras e programadas. Bem após 24 horas de viagem chegamos a capital, o trajeto foi longo mas de certa forma agradavél, pude observar como o interior argentino é pequeno e bem arcaico, ao lado de casas simples e mau pavimentadas havia um grande casino porém somente no interior na capital os casinos são proibidos.

Desembarque na rodoviária, semelhante a qualquer terminal de uma capital, pegamos um táxi, nossa devo registrar que transito caótico, os carros cruzam muitos carros batidos e velhos a fiscalização em relação ao estado físico do veiculo é péssima, chegamos rápido ao Hostel. Paro agora neste ponto para relatar sobre o Hostel uma passagem que aparentemente pode ser ilária mas as aparências realmente enganam.

1º dia La Tanguera e Palermo

Reservei este hostel via Internet, depois de muitas pesquisas o preço e o espaço físico registrado por fotos no site foram convidativos, com a grana apertada escolhemos um quarto compartilhado porém disseram via email que seria somente com mulheres, aceitamos, chegando lá um bairro muito agradável San Telmo e uma bela fachada, fizemos o chek in na entrada os quartos eram em cima, fomos avisadas que após pagarmos devolução do dinheiro seria de apenas 50% do valor. Tudo bem aceitamos afinal todos os outros hostel estavam cheios o show da Madonna tinha acontecido no dia anterior e o próprio congresso movimentava a cidade.
Quando subimos tudo era bem antigo mas bonito reformado, fiquei empolgada a Fran também, fomos ao quarto, pensem em um quarto escuro feio, mofado horrível com 3 beliches, estava vazio, tudo bem novamente aceitamos afinal era somente para dormir. banho tomado saí para conhecer Buenos Aires, com metro a locomoção é rápida e barata 90 centavos de peso menos de 40 centavos de reais. Como bom turista conhecemos a Casa Rosada, não vi a Cristina, mais algumas praças descemos para o belíssimo Bairro Palermo, com Jardim Botânico. Andamos muito.

Casa Rozada

Jardim Botânico

Praça Congresso

Depois de muito passeio voltamos ao Hostel para nossa surpresa estava cheio de homens de meia idade, um clima estranho no ar, claro que ficamos apavoradas somente nós de mulheres em todo hostel, saímos em disparada unico objetivo encontrar outro hostel, às nove da noite procuramos, estava chuviscando parecia uma cena de terror, a capital não é campeã em índice de violência mas turistas sozinhas caminhando ao léu é no mínimo convidativo, depois de consultar uns 4 estabelecimentos nada, não havia vagas, e agora? Para nossa surpresa do outro lado da rua havia um hostel fomos lá, bem sabe a sabedoria popular as vezes a felicidade mora ao lado, um local novo todo reformado, não tinha encontrado através da net pois era destinado a europeus e americanos, repleto de jovens e apenas 2 pesos mais caro que nosso Hostel reservamos para o dia seguinte e voltamos a "tumba do terror".
Não queríamos ficar no quarto ficamos na sala enrolando até que chegou duas americanas para passarem a noite no nosso quarto, não consegui nem ao menos sentar no sofá da sala para matar o tempo porque para nosso desespero um homem sentou no sofá e começou a dormir sentado ele roncava como um sapo, não tem descrição melhor para seu ronco...A Fran já estava super cansada eu também, quase umas 4 da manhã fomos ao quarto e ficamos até as 8 quando poderiamos falar com gerente. Uma nota de rodapé...*

*Educação portenha

Nem todos os argentinos são mau educados, mas quando resolvem ser são com uma destreza e mau humos imensos.

2º parte Ostinatto

Voltando depois da noite terrível a muito custo tivemos metade do dinheiro devolvido pelo nada gentil gerente e rumamos ao paraíso Hostel Ostinatto, novíssimo, bem equipado dividimos um quarto com um casal inglês, em beliches, o local é otimo, a maioria dos hospedes europeus, australianos, e latinos, todos jovens, nossa estadia lá foi otima, cada um cuidando de seu passeio, muita organização limpeza e um otimo café da manhã.

Bom aí começou nosso segundo dia em Buenos Aires e a presentação do meu trabalho....

Tempo tempo velho novo....

Óbvio mas faz tempo que nada escreve...Não deixei uma mensagem de Feliz Ano Novo nem relatei minha viagem e formatura, sim finalmente cientista social(pelo menos é o que esta escrito no papel)....Bem estava sofrendo de uma preguiça aguda, não era falta de tempo, tempo sempre consegui, a preguiça estava aguda numa fase desoladora rs...Mas vou retomar começo pelo relato da minha viagem em Buenos Aires gente isto dá linha para relato...