quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Como é difícil lidar com ela
colocar a mão na lama
fica tudo sujo
não há mais como apagar
nós na verdade a maioria prefere não vê-la
mas como apagar esta visão
nuca esquecemos quando a miséria nos encara
nada apaga a marca de quem viu a miséria!

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

domingo, 16 de novembro de 2008

Home adaptado Homem alienado?

Qual seria a minha capacidade de adaptação? O homem moderno, homem adaptado, a cada tropeço está indicado que não há tempo, como bula de remédio já me disseram repetidamente "o mundo não para quando você cai" sábio?profético? Tudo bem o mundo não para, mas eu parei,se tudo não esta bem como posso eu permanecer me adaptar quase que rompendo comigo mesma e meus sentimentos. Bem posso modificar as situações para que estas sejam como espero? Não,porém porque eu devo então estar em prontidão com uma bela saída, destemida para tudo,já sei sei o mundo não para para mim. Esta exigência de conformação a cada fracasso, uma tranquila aceitação seguida de uma continuidade do nada, afinal o homem indignado é o homem stressado, as pesquisas comprovam ele viverá menos. A rotina que a principio pode aparentar falta e mudanças e novas perspectivas ao sofrer brusca mudança, como no caso de uma transferência no trabalho trouxe para mim uma sensação de um misto de euforia "sacudir o pó,respirar novos ares" seguida de um vazio e de alguém descartado.
. . .
Bem eu que estava lendo sobre a importância do trabalho, enraizamento, sofri o baque do desenraizamento comentado por Simone Weil, claro que talvez aparentemente para uma estudante de ciências sociais eu deveria estar aqui criticando com veemência meu "patrão" e todo sistema que me explora, mas bem o que é mais critico foi a sensação que senti no primeiro dia que soube da mudança. O enraizamento (deixo claro em minhas palavras) é a identificação que criamos em nosso ambiente de trabalho, nossa identificação, pessoas conhecidas, um circulo de laços e identidade, eu fui desenraizada, a mudança faz com que deixe para trás a Dona Maria quem ensinei a digitar e pesquisar através de pequenas instruções de informática, sim eu da ciência social lidando com a informática, isto mudou minha visão sobre o computador onde com desconfiança eu via mais uma distração de que um grande veiculo de comunicação e aprendizado. Deixei as crianças, com quem fiz amizades, e é claro o pc que eu usava, o armário que guardava minhas coisas, eu sei que nada disso é meu, sei também que era paga e "mal paga" para prestar estes serviços, seria eu a mais nova alienada?Vai falar isso para o pequeno vazio que senti e a sensação de que as relações são cada vez mais descartáveis. Qual é meu valor de mercado? Esta certo que algumas coisas por lá me incomodavam, relações desgastadas, pessoas por vezes desagradáveis, é apenas um estagio, mas fico pensando nas pessoas com vinte anos em um trabalho, aposentadas após anos em um único emprego, seriam estas pessoas alienadas ao sentir saudade ou terem uma relação de afeto com seu patrão, será que se soubessem que são exploradas seus olhos se iluminariam e estariam libertos da alienação? Bem talvez alguns mais esclarecidos intelectualmente pela leitura diriam que sim, esta é a chave da revolução que nos libertará desta sensação piegas de apego a exploração, uma pena que talvez grande parte destes intelectuais aprenderam isto lendo e não trabalhando, sentindo na prática o vazio de demissão, deve ser por isso que suas aposentadorias somente chegam com sua morte....O que diria Marx?

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

História Real



O que tem em comum Lynch, Disney e um velho?
Porque assistir? Seria loucura fazer uma longa viagem em um
pequeno trator de cortar grama?
Não vou resumir aqui a sinopse do filme História Real do diretor David Lynch você a encontra em muitos sites de cinema, apenas quero refletir por que ver este filme?
O que seria loucura de "velho" é transformada em uma jornada que ao final todos torcemos pelo personagem como se este fosse um grande desbravador épico(...)
Por que os olhos de Sissy Space faz com que a emoção fique retida em nós identificando a sensação de quem fica à espera...
As ações de Alvin vão além de lições açucaradas da velhice, revelando que a sabedoria e a paciência são alcançadas pela idade;
A simplicidade do filme foge do dramalhão usual e emociona num misto de beleza, aprendizado e admiração pela figura simples do velho Alvin que com objetivo da sua viagem passa para todos uma mensagem bem que não irei conta-la.
Cada um terá sua impressão eu vi em Alvin a expressão "eu sei" não de maneira grandiosa imperativa, mas de forma limpa clara e verdadeira ele sabe, só os olhos que viram muita coisa, descobrem que ao final não há motivação na exaltação, na rapidez, ou no medo, o que importa mesmo está em tudo que ja estava ali perto simples e conhecido...
Asseguro não é piegas é real...

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Eu voltei agora para ficar!!!!


Estamos de volta!!!!!!!!
Manter-se fiel a si: condição fundamental para o triunfo
a persistência é fundamental.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Em uma discussão sobre relacionamentos Fran citou Bauman, comentou comigo sobre a fluidez das relações na modernidade, na verdade tudo isto começou com uma conversa sobre os relacionamentos amorosos, cada vez mais "casuais", estava dizendo à ela como isto me irritava, toda esta conversa sobre sermos seres completos, independentes, foi aí que a Fran citou Bauman e a discussão sobre a liquidez das relações modernas. Agora somos homens e mulheres "sólidos" enquanto indivíduo, capaz de realizar tudo sozinho, o homem moderno estabelece relações de mercado, volatel e facilmente substituída para seu prazer. Neste ponto aparento uma critica "antiquada"? Pois bem as mudanças na forma familiar e entre os géneros foram positivas, antigos valores foram deixados, porém quais são os novos parâmetros? Estamos satisfeitos com as relações? Quem disse que somos seres únicos, completos, independentes inclusive emocionalmente falando, quem disse?
Penso que a tão aclamada auto-estima, ou seja a estima de si próprio, surge atualmente como uma crítica e forma de taxar os relacionamentos onde buscamos nossa felicidade e a do próximo, afinal como ter o famoso "amor-próprio" se este sentimento o amor não é para ser sentido por um outro alguém? Não digo que não temos que respeitar a si mesmo, mas esta maneira de nos afirmarmos como seres unicos no topo de todas as listas, remete a analise das relações atuais, até quando vamos quantificar tudo que temos? A relação entre pais e filhos, neste rumo como fica? Afinal um filho é caro! ", "Casar é caro","visitar um amigo toma tempo e é caro". Bem o que agora pode parecer um exagero, não vejo rumos diferentes, com escolhas controladas em uma lógica que nos faz acreditar que tudo é para construção de um individuo único, agora com um desejo de mercado, onde nos satisfazemos "temporariamente" e depois partimos em busca de novos ares. Logo mais a ansiedade é preenchida por algumas pílulas, quanta ansiedade, de onde vem este anseio moderno? Afinal mais independência e liberdade só será alcançada se sairmos do nosso próprio corpo, ou melhor aperfeiçoarmos este para o uso em peripécias sexuais que não atingem o ápice do prazer nem em 3 horas de puro malabarismo.
Depois de toda esta crítica parece que tudo está indo "de mal a pior"(bem cliché) na verdade gostaria de despertar esta reflexão que a conversa lá do começo com minha amiga Fran me fez refletir, as mudanças que tivemos em seu conteúdo foram positivas, mas a forma que estamos utilizando estes novos valores, por vezes revelados como "valor nenhum", em um momento de narcisismo "fenomenal", desperta uma vazio em mim, como se os sentimentos pudessem ser avaliados por um valor "social" de mercado. Talvez este texto tenha soado antiquado, nostálgico, mas que nostalgia tenho eu aos 22 anos? Penso que o que fazemos de bom ou de ruim é para nós mas também é para o outro, o sentido que damos a vida é composta dos outros próximos ou até os que queremos manter distantes. A armadura do "eu", do ego, da atitude superficial é mais cómoda e fácil de controlar, talvez quem diz que vive para si esconde um medo muito maior da opinião dos outros, acho que quando se ama o outro você também esta amando à si mesmo, o amor faz bem até para a saúde, é de graça e pode ser sólido.(...)

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Poeta enrabichada com o despudor,
casada com desprendimento;
Flertando com a sensibilidade.
apaixonada pelo objeto da inspiração,
comprometida com a liberdade do descomprometido.

Olhar pro lado é descobrir o ouro oculto!

terça-feira, 30 de setembro de 2008

A Família 2º parte

E da relação inversamente biológica que temos
você me vê crescer
eu vejo seu envelhecer.
Do augi que a cada dia eu alcanço;
seu metabolismo recua,
endurece, adormece(...)
Meus cabelos escuros;
os teus ficando claros,
permanecemos na ordem,
tu ensina,
eu escuto.
Até quando tu irá me prender?
Terei eu a chance das escolhas únicas?
A família do oposto
cada marca identifica nosso rosto(...)
Quem me tomas senão ela a FAMÍLIA.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

A família

O sentimento primitivo que nos une
pelo sangue em comum,
as palavras que me ensinaste,
as mãos estendidas a cada passo meu.
Família porque tu me corrompeste?
Deste gosto amargo
resíduo de brigas, palavras a mais,
o espaço diminuído, quase sufocante,
a união que é pelo amor, é pela obrigação, é pelo ódio
de quem te conhece desde da génese.
A obrigação pela sua construção, concepção,
o pedido para viver, a opção de onde nasceu.
Na mesa corrompida, do ego ferido,
o lugar em que o próprio ar falta,
a respiração se assemelha
e o cheiro familiar, revelador em comum.
A família que tudo te fez e faz
bem, mal, despido, humilhante,
o olhar que conhece, reconhece e recrimina,
o olhar que olha isento das vestes, neutro da personalidade
verdadeiramente nu, nu no nascimento e nos dizeres pelos cantos,
na mesa, na sala, nos quartos, no banheiro.
E do ar sufocante que tento me livrar
e das responsabilidades que procuro escapar,
e do passado que apagarei todos os dias.
Fica tudo marcado, completo,
eu sou ela, a família
impressa nas características
na fala, no comportamento
ideias.
Meu molde, que irrita, sufoca,
arranca-la seria como arrancar a pele
com as unhas, com os dentes
e tudo voltaria.
Venho tentando fazer sumir as marcas
que tornaram-se cicatrizes.
Posso eu fugir disto?
do meu eu?
da família?
Que me barra, prende e acolhe,
abraça, insulta e me identifica,
Posso eu fugir da família?

quinta-feira, 25 de setembro de 2008



Essa é para maninha...




quarta-feira, 24 de setembro de 2008

pensar, pensar e nada alcançar
do que isso me vale
será que faz caminhar?
Nada estou aqui, estática(...)

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Duro golpe do plagio

Sofri um golpe esta semana, nunca pensei que eu uma académica(prestes a se formar) seria plagiada, na verdade não sofri plagio, um pouco pior, fui convocada a fazer um trabalho prático académico e digamos na hora H tudo certo, praticaram o golpe académico de apropriação do meu trabalho, neste instante alguém esta colhendo o louro do trabalho alheio. Descobri também que diferente de uma invenção paupavel no trabalho intelectual comprovar a paternidade é extremamente complicado, o que eu posso fazer? Como provar? No meu caso posso tentar uma denuncia já que meu trabalho está sendo utilizado em uma das oficinas do projeto "consciência" do governo estadual do Paraná, muito irónico afinal onde se encontra a consciência desta "profissional" do ensino que "roubou" um trabalho elaborado e irá executa-lo de maneira integra e informativa aos demais professores do ensino publico, esta é a procedência de muitos trabalho educacionais? Este furto que me deixa sem muitas ações, me causou no inicio desta semana um gosto amargo de quem percebe que integridade e responsabilidade correspondem a "burrice" afinal o gosto da afirmação "o mundo é dos espertos" é doce para muitos, o mundo da corrupção, da falta de criatividade, e finalmente carater é celebrado para quem sempre consegue levar "vantagem". Muitas pessoas preferem arrastar suas vidas à sombra das ideias alheias, sem nunca sentir aquele grande estalo de uma boa criação, apenas reproduzindo os sons das palavras alheias. Você que me enganou, você que me plagiou, você espertalhona, que esta comendo das minha migalhas intelectuais, sempre terá a sensação no final das suas conquistas que nada lhe pertencerá, marcará ou registrará sua falsa capacidade de falsear suas ideais falsas..... Leitor eu preciso denunciar

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

"Depois de habitado alguns terrenos sinuosos, não há duvida,
por outros rumos ou desistências
ali ficarão as marcas
uma vez cativado espaço
nada retira o vinco da grande paixão[...]"

segunda-feira, 8 de setembro de 2008



Sampa

Alguma coisa acontece no meu coração Que só quando cruzo a Ipiranga e a Avenida São João É que quando eu cheguei por aqui eu nada entendi Da dura poesia concreta de tuas esquinas Da deselegância discreta de tuas meninas


Eu sou mais você e eu. ... Eu sou mais você e eu(essa é só para você)

Do medo da vergonha

Bem analisei esta afirmação que poderia ser dita assim "da vergonha do medo", mas pensei sobre a diferença do trocadilho talvez nada original, o que me amarra? O medo ou a vergonha? Duas palavras que ao ter seu sentido adjetivo vem a questão: O que impede as realizações o medo ou a vergonha? Em algumas situações as palavras ficaram presas em minha boca, sabia que ao liberta-las tudo mudaria, conheceria, ganharia, realizaria, bem teria (tudo no passado) mudado a direção da minha historia, porém, elas ficaram presas pela vergonha do que causariam ao ambiente social.

Então permanecendo nesta reflexão outro aliado o medo impediu manifestações emocionais, com medo da recusa, do crime, punição, rejeição, paro neste ponto, considerando também as motivações de quem as minhas ações seriam direcionadas, o medo e a vergonha que temos foram ensinados demonstrados durante toda a nossa existência por diversos meios e agentes(pais, amigos, professores,etc)(novo parênteses quem seria o etc? perdão leitor) bem estas formas de ações todas baseadas em valores e normas de conduta também afetam ações particulares que não influenciariam aparentemente em nossa imagem "publica" ou não? O olhar do outro traz o medo da vergonha? e a vergonha de ter medo? Outro dia alguém disse o medo é necessário para a sobrevivência, este seria o medo ligado a prudência, a preservação da vida, mas que vida? É esta vida recolhida que queremos? O que é viver? E a vergonha? Direciona as ações socialmente aceitavéis, para sermos "bem vistos", não recriminados, a imagem publica, que imagem? Este significado socialmente construído pelos outros com experiências diferentes todos julgados juntos pela corte social? Quem é o social? Senão todos nós, a massa unida.

Por que permitir estas amarras? Para o bem comum cara jovem... Sim para a boa conduta sem esta seriamos selvagens, o medo e a vergonha nos adestram, educam. Quem são os selvagens? Afinal eles sempre existiram? Sabem que os classificamos assim? Novamente quem são os selvagens?O oposto os civilizados? Civilizados para a boa convivência? Por vergonha do riso alheio venho sendo mais ridícula na ação da quase vontade satisfeita, por medo não gritei quando me roubaram o direito de dizer que tudo ali estava errado, e no meu ser mudo quase que amputado conclui que isto não era vida, e de hoje em diante o bem comum a imagem publica será sepultada,
e palavras que teriam feito amar, atingindo o choro ou o riso, não serão amargadas pela paralisia da reprovação social, afinal somos o social ou não?

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Saudade passageira

Do amor pelos cantos
a saudade que fica
murcha qualquer tentativa alegre de esboçar um sorriso.
Estes dias ora vagarosos ora ligeiramente traiçoeiros
levaram o viço da paixão
quando partiu o objeto do desejo
Objeto sim sem banalizações
única palavra além dos adjetivos
expressão de tudo que está aqui contido
no sentido de conter o finito.
Da distância brevemente vencida
ficou o resíduo do gosto
de por alguns dias
não ter seu sabor a alegria.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Devo postar

"Povo
não pode ser sempre o coletivo de fome.
Povo
não pode ser um séquito sem nome.
Povo
não pode ser o diminutivo de homem.
O povo, aliás,
deve estar cansado desse nome,
embora seu instinto o leve à agressão
e embora
o aumentativo de fome
possa ser
revolução"
(Affonso Romano de Sant'Anna)

Bem amigos devo informa-los que quinta dia 21/08 ele estará aqui em Maringá as 19:00 no salão social da ACEMA...Quem se dispor verá......


sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Será isto amor????

Incrível a necessidade que criamos de outros alguens, digo a necessidade que criei de um alguém, claro um alguém especifico, estava eu em minha vida, bem conhecida identificada, já composta por outros alguéns importantes, aí em um exato momento que não sei descrever ou pontuar surgiu esta nova necessidade. Ela vem, tento eu amenizar o que não pode ser contido saciado, eu que estava na rotina diária e digo até confortável, bate esta necessidade, digo necessidade porque beira o biológico vai além da vontade racional cerebral, vem do corpo, é orgânico, talvez só acabe com o fim do corpo pois está além de qualquer forma de raciocínio,não há o que impeça esta falta, semelhante a fome, uma fome que nunca será saciada. Este alguém fica preso em minha fala diária, entra em meu vocabulário e dá novo sentido para algumas palavras que antes eu não via sentido, faz que a necessidade cresça e mesmo sem sua presença eu profere seu nome por vezes ao dia...Eu desfaça meus caprichos e mau humor em plena segunda de manhã apenas com algumas palavras, e mesmo sabendo que passei anos sem aquela presença, que existe vida sem sua necessidade, eu preciso te-lo e não quero experimentar a vida anterior, ela já não existe, esta presença já fez seu registro, em minhas falas, ações, sonhos, desejos, agora é condição humana, é um sentido em minha vida....

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Queijos, pipas e marketing pessoal.

Quais serão nossas representações ideias? Bem quando construímos uma representação sobre alguém, sim esta imagem ideal, repleta de valores morais, seria uma tentativa de identificação? Classifico o outro e assim me reconheço, ser representado não é lá algo muito grato, quem é representado não possuí a possibilidade de se apresentar, redundante? Talvez, mas como questionar a representação por exemplo do padrão atual à respeito do sucesso, o que seria o sucesso, sem usar o cliché do dinheiro, o que mais? Ter uma família?bem não sei, filhos?quem sabe, resolvi eleger o "emprego" claro muito bem remunerado. A representação sobre o trabalho ideal ronda o imaginário moderno de maneira a ditar chavões que ao serem seguidos, juram os grandes profissionais do marketing é sucesso certo. Esta representação que estou falando é a do marketing pessoal, EMPREENDEDORISMO, EMPREGABILIDADE, metas, inovação, QUALIFICAÇÃO, todo um conjunto que responsabiliza o trabalhador por ser quem sabe um futuro desempregado, afinal temos que nos manter atualizados... Escreve-se livros (auto-ajuda) para nos orientar como construir uma carreira de sucesso, através do trabalho, que sempre faltou e sempre irá faltar, o desempregado surgiu junto com a prostituição(perdão leitor fui infeliz), hoje a justificativa da falta de iniciativa e preparo reforça as relações no mundo do desemprego. Estas representações diria Marilena Chauí um grande discurso ideológico culmina finalmente em um sentimento de culpabilidade imenso, que faz com que no final do meu dia, no final do meu ano letivo e no final de perguntas frequentes(ufa) pense eu "por que? por que Deus meu ciências sociais? Claro tenho meus ideiáis que 99% da população mundial não compreende e não irá me dar essa colher de chá, mas aí posso retrucar ué vou trabalhar em uma agência de propaganda....psiuuu fique quieta na academia vão te crucificar(será que podem excluir meu lattes?) Bem mas o que sonhei durante a graduação? Claro não vou me realizar assim. O que se faz com uma representação de ideal, sonho fora do esperado? Jogo com minhas estratégias(assim ensinou Bordieu), sem crise ainda consigo passar léguas de algumas palavras que deveriam "ajudar" em minha busca profissional...Não me interessa quem furou a pipa e empinou meu queijo...seja lá como for....

sábado, 2 de agosto de 2008

Ah o Amor, este mesmo.

Ah o Amor, este mesmo
que anda a me sondar
faz de cada instante o ideal para te beijar.
Ah o Amor, este mesmo
traz o desejo de pronunciar nas ruas
escrever em muros
tornar-me vândalo dos sentimentos.
Ah o Amor, este mesmo
esqueço de respirar e todo segundo
vem um suspiro
onde era o caminho?
Ah o Amor, este mesmo
faz entristecer a chegada
que anseio novamente ver-te em tua morada
Ah o Amor, este mesmo
sinto medo, alegria e desejo
escrevo, digo, convenço,
sei que irei te-lo.
Ah o Amor, este mesmo
esta aqui a me cutucar
faz com que escreva ao publico
a todos "estou a amar"...

em vermelho...

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Amor, O interminável aprendizado

Hoje ficaremos com esta maravilhosa cronica de Affonso Romano de Sant'Anna diz tudo.



Criança, pensava: amor, coisa que os adultos sabem.
Via-os aos pares namorando nos portões enluarados se estrebucando numa aflição feliz de mãos na folhagem das anáguas. Via-os noivos se comprometendo à luz da sala ante a damília, ante as mobílias; via-os casados, um ancorado no corpo do outro, e pensava: amor, coisa-para-depois, um depois-adulto-aprendizado.
Se enganava.
Se enganava porque o aprendizado do amor não tem começo nem é privilégio aos adultos reservados. Sim, o amor é um interminável aprendizado.
Por isto se enganava enquanto olhava com os colegas, de dentro dos arbustos do jardim, os casais que nos portões se amava. E quando algum amante desaparecia ou se afastava, não era porque estava saciado. Isto aprenderia depois. É que fora buscar outro amor, a busca recomeçara, pois a fome de amor não sacia nunca, como ali já não se saciara.
De fato, reparando nos vizinhos, podia observar. Mesmo os casados, atrás da aparente tranqüilidade, continuavam inquietos. Alguns eram mais indiscretos. A vizinha casada deu para namorar. Aquele que era um crente fiel sempre na igreja, um dia jogou tudo para cima e amigou-se com uma jovem. E a mulher que morava em frente a farmácia, tão doméstica e feliz, de repente fugiu com um boêmio, largando marido e filhos.
Então, constatou, de novo se enganara. Os adultos, mesmo os casados, embora pareçam um ponte onde as naus já atracaram, os adultos, mesmo os casados, que parecem arbustos cujas raízes já se entrançaram, eles também não sabem, estão no meio da viagem e só eles sabem quantas tempestades enfrentaram e quantas vezes naufragaram.
Depois de folhear um, dez, centenas de corpos avulsos tentando o amor verbalizar, entrou numa biblioteca. Ali estavam as grandes paixões. Os poetas e novelistas deveriam saber das coisas. Julietas se debruçavam apunhaladas sobre o corpo morto dos Romeus. Tristãos e Isoldas tomavam o filtro do amor e ficavam condenados à traição daqueles que mais amavam e sem poderem realizar o amor.
O amor se procurava. E se encontrando, desesperava, se afastava, desencontrava.
Então, pensou: há o amor, há o desejo e há a paixão.
O desejo é assim: quer imediata e pronta realização. É indistinto. Por alguém que, de repente, se ilumina nas taças de uma festa, por alguém que de repente dobra a perna de uma maneira irresistivelmente feminina.
Já a paixão é outra coisa. O desejo não é nada pessoal. A paixão é um vendaval. Funde um no outro, é egoísta e, em muitos casos, fatal.
O amor soma desejo e paixão, é a arte das artes, é arte-final.
Mas reparou: amor às vezes coincide com a paixão, às vezes não.
Amor às vezes coincide com desejo, às vezes não.
Amor às vezes coincide com o casamento, às vezes não.
E mais complicado ainda: amor às vezes coincide com o amor, às vezes não.
Absurdo.
Como pode o amor não coincidir consigo mesmo?
Adolescente que amava de um jeito. Adulto amava melhormente de outro. Quando viesse a velhice, como amaria finalmente? Há um amar dos vinte, um amor dos cinqüenta e outro dos oitenta? Coisa de demente.
Não era só a estórias e as estórias de seu amor. Na história universal do amor, amou-se sempre diferentemente, embora parecesse ser sempre o mesmo amor de antigamente.
Estava sempre perplexo. Olhava para os outros, olhava para si mesmo ensimesmado.
Não havia jeito. O amor era o mesmo e sempre diferenciado.
O amor se aprendia sempre, mas do amor não terminava nunca o aprendizado.
Optou por aceitar a sua ignorância.
Em matéria de amor, escolar, era um repetente conformado.
E na escola do amor declarou-se eternamente matriculado.

12.6.88

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Cascas, cigarras e tatus


Quem já sentiu o gosto do estalar das cascas de árvores, estalam a cada pisada, meus pés as procuravam, de pulo em pulo elas se amassavam, isso era a infância, não sei explicar, a satisfação daquela crocancia quebrando acabando nos pés, talvez a confirmação que naquele instante algo era destruído por alguém pouco notado em constante aprendizado. E aquelas flores amarelas, tinham um "pendãonzinho"branco como dizia minha Avó, dentro delas avia um açúcar da flor, experimentávamos aquele doce, dividindo a cumplicidade com as abelhas, atrativo da planta para ser polinizada, sua sobrevivência. Esta infância que olhava de perto o mistério daqueles tatuzinhos de jardim, é isso mesmo, aqueles que descobri mais tarde serem crustáceos, eu que achava serem insetos, mas isso pouco importava, a satisfação era toca-los com graveto, rapidamente se fechavam e viravam pequeninas bolinhas, que podíamos ver rolar por todo quintal. Claro não deixarei de lembrar dos pequenos casulos de borboleta, cheios de gravetos, nós fortes, guardando aquela larva que se tornaria uma borboleta, como acompanhei aquele casulo, cada visita á minha Avó até o dia em que o vi vazio, nunca saberia quem era a borboleta que de lá saiu eram tantas e tão rápidas, junto das cigarras e seus "cascos" abandonados, corpos transparentes e vazios, molde de cigarra. Todas satisfações pequenas sem muito sentido ou propósito, afinal a maior satisfação não tem objetivo, é imediata, passageira e inesquecível.

terça-feira, 22 de julho de 2008

O algoz

O que há de pior em nosso algoz
não é a tortura latente cortante,
é a sua negação da culpa.
Confesse, confesse,
a terrível tortura
destes anos
meses e dias.
Nada pior que a omissão de meu algoz(...)

sexta-feira, 18 de julho de 2008

É as coisas são assim

Qual sentido das coisas? Fiquei com esta questão em mente, depois de uma grande dose marxista que tive em duas palestras, refleti à respeito das coisas, isso mesmo tudo que nos cerca e foi transformado através do trabalho humano, aqui neste ponto já habita um equivoco, afinal o que são as coisas? Tudo que construímos para nosso uso? Para que serve um carro à não ser para o transporte humano? Bem seria muito bom, mas sabemos que o "carro" ou aquela roupa significam muito mais que instrumento de uso humano. Ao atribuirmos características humanas ao produtos que fabricamos, significados, identificações, super valorizamos o produto em si mesmo distanciando-se do seu sentido inicial o uso puro e simples do objeto, quem o fabricou? Mãos humanas. Quem vai utiliza-lo? Apenas algumas mãos eleitas. Este mundo repleto de coisas, criadas por nos mesmos, visto durante o dia, sol alto, é manifestação viva, carros trafegam, ruas movimentadas, padarias cheias, os pães saem rápido do cesto, os ónibus seguem cheios, roupas chamam atenção nas vitrines, tudo esta movimentado, percebem a descrição das coisas? todas com sentido, vida própria, porém algumas horas depois, em uma cidade "pequena" como Maringá sem mercados 24h(louvado seja o bom senso) tudo fica parado por volta da 0:00, ninguém esta na rua, tudo vazio quem dá sentido a todas as coisas? Todas lá imovéis, onde está a utilidade delas, tudo bem sei que no outro dia elas estarão lá prontas para o consumo, a compra, mas e daí?Toda a vida impressa naqueles objetos somem quando as mãos humanas vão para o descanso, lógico que estarão em suas casas repletas de coisas, mas que sentido elas terão afinal? Arendt diz que tudo que o homem cria, transforma, nos condiciona, passa para algo de condição humana, você se vê sem a TV? o PC? Quantas siglas para estes eletrodomesticos, ai grande equivoco meu, eletrodomesticos? Como posso reduzir estes meios mágicos de comunicação? Nossa realmente é difícil se livrar da impressão viva das coisas, quantas coisas, artigos manufaturados. Não estou negando todas as vantagens da tecnologia, dos nossos "queridos produtos" criados por nos, humanos, mas sempre que se olha para uma dessas coisas magicas vejo a mão humana? Nossa como alguém criou o magico microondas, esquenta tudo rápido, faz aquele barulho estranho, cada copo de agua fervido faz com que se instale o pavor de talvez uma revolta interna e uma grande explosão nuclear em minha cozinha. Bem voltando, ficaremos aqui culpando eletrodomesticos? Claro que não, sei que todo esse fetiche vem do tão famoso, adorado/odiado capitalismo, a incitação ao consumo, aumento da exploração, homem moderno mas escravo, porém não posso deixar de admitir por tudo que sei, ainda permaneço escrava deste sistema, minha resistência tem sido esta, a tentativa de olhar estes artigos como coisas, sem encantamento, confesso fraqueza diante de uma vitrine cheia com talvez o grande chavão do consumo, a palavra magica "LIQUIDAÇÃO"...Sobrevivo ao ouro de tolo?

"Ah!
Eu que não me sento
No trono de um apartamento
Com a boca escancarada
Cheia de dentes
Esperando a morte chegar..."

sábado, 5 de julho de 2008

Pequena analise pretensa do meu habitus

Como cheguei até aqui? Meus pais não fizeram faculdade, sempre estudei em escola publica, porém nunca trabalhei. Dentro de minhas estratégias percebi que era necessário que fizesse um curso superior para quem sabe conseguisse um emprego melhor que os meus pais. Esta ideia povoa a mente de muitos jovens de classe baixa, algo comum, uma estrutura construída a cerca do que seria uma chance, porém o que me faz diferente? A ciências sociais, talvez esteja claro que a ciências sociais não seria uma escolha coerente para alguém que busca uma melhoria financeira, o campo intelectual condena a pratica da sociologia para fins financeiros? Sim mas há outro mercado o de trabalho que oferta poucas vagas para quem atua neste campo. Dois campos duas regras diferentes mas que acabam por colocar situações semelhantes falta do capital financeiro. Minha irmã fez química, diferente de mim sua estratégia trabalhar em indústria foi se modificando ao longo da graduação e o desejo de estudar cada vez mais faz com que ela tente cursar um mestrado. Bem este desejo de mudança das estruturas levou-me a ciências sócias, logo escutei que este não era o objetivo do curso, dentro daquele campo cientifico descobri ser um erro o pesquisador que propõe intervir e atuar diretamente no seu “objeto de estudo”. Aprendi palavras novas, meu capital simbólico aumentou, e percebi que o significado das minhas palavras mudavam de acordo com meio que as pronunciava, até mesma a forma de tratamento que recebia das pessoas mudou, claro que em relação á visão que cada um possuía da minha graduação, ou do fato de fazer graduação e ainda onde faço a graduação.
Bem minha estratégia talvez esteja aliada aos diversos livros que li na infância, aos jornais que meu pai sempre leu e discutiu em casa, as historias do meu avô sobre o comunismo e como Fidel salvou Cuba, esta mescla junto com a curiosidade sobre a sociologia que nunca tinha tido contato até entrar para universidade, todas são deduções, pois todas estas informações foram recebidas e exteriorizadas de formas diferentes por minha irmã. Meu habitus, capital cultural mudaram de acordo com as mudanças históricas em minha vida e as relações que estabeleci com todos em minha volta, comprovando a máxima de Bordieu: “O que o mundo social fez, o mundo social pode desfazer”.

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Penso, insisto, existo...

O que fazer das nossas escolhas? Me espantei com calendário que informou: "resta apenas alguns meses para final do ano" Bem esta chegando a formatura, estes temas estão perseguindo e tomando linhas do meu dia, como posso eu não pensar no destino? Na verdade meu destino, não analiso minha escolha de cursar ciências sociais, talvez estes planos me seguem há tempos, penso em cada decisão, dos meus pais, da escola, minha condição social, porque não pensar em meu genêro? Bem nos últimos anos estas decisões são minhas ou eram para ser, cada rua que cruzo, lugares que busco, sou eu, estratégias individuais, as tomo como minhas, muitos as repetem porém é de direito essa sensação que temos de individuo singular e único, melhor "original". Ando sentido o peso das decisões que sinto ainda não são plenamente minhas, acredito que nunca serão plenas. O incomodo dos pais passa para o chefe, companheiro, amigos, tudo que interfere e rege as ações, esta sensação que esta latente é semelhante á uma antiga roupa, aquele que vestimos desde criança, ela fica desgastada, curta, apertada e insisto em usa-la, sinto que é parte minha, esta familiarizada, estou consciente que tenho que deixa-la mas permaneço com ela. Livrar-se do passado não é fácil por vezes necessário, por vezes inútil e impositivo. Esta formula minhas reflexões não alcançaram, considero as mudanças talvez a maneira mais eficiente, meu habitus para lidar com escolhas minhas e dos demais que me cercam... Sigo refletindo

domingo, 22 de junho de 2008

Por que fui ouvir Marvin Gaye?

Após a difícil conquista surge o desafio do que chamo "convencimento diário e manutenção dos relacionamentos" seria este meu lado empreendedor falando? Bem talvez sobre esta influência sigo elaborando métodos desta batalha de a cada dia manter a atração e desejo de uma relação,digo todas as relações ou afinal não seduzimos nossos colegas, amigos, para que sempre sejamos desejados. Esta recorrente fala minha sobre relacionamento, esta relacionada com a inquietação que assim como apreendemos mudanças diárias em nosso cotidiano, é fácil observar que a dinâmica é outra, mais "voláteis" os pares passam em uma noite ou até com muito esforço semanas. Ao cativar a atenção como manter o interesse? As artimanhas mudaram? Talvez, ainda conquistamos com flores, algumas palavras, agora acrescidas de elementos mais dinâmicos online, pequenas gentilezas e cuidados. Como revelar a falta de um outro alguém quando somos aclamados a sermos "seres completos" individuais, ceder ao outro seria como não ter "personalidade própria" outra palavra valorizada. A vontade maior é a sua assim dita a modernidade, neste instante penso é difícil se relacionar assim, afinal sou um ser total e completamente diferente do meu par, criada em local diferente, por pais diferentes, cada um teve seu momento histórico, observou fatos e reagiu a eles de forma diferente, assim ceder á ele seria como desmobilizar minhas vontades e anseios? Programada desde sempre minhas estratégias irão mudar? Outra pessoa esta incorporada a minha rotina tão segura, o que falo eu? Um novo amigo que gosta de filmes de ação e grandes efeitos visuais, vou sair com ele?Logo eu que sou tão simples e dramática, bem é difícil sim ter personalidade própria, firmeza nas decisões, e caminho próprio, sem á ninguém ofender e melhor ainda com alguém para conquistar, fazer ser interessante minhas escolhas para outro com escolhas próprias e singulares, este entrelace de vidas e decisões, isto é o jogo do relacionamento, que por mais que mudado, na modernidade metamorfoseado persiste da necessidade, nossa necessidade de colocar a união, a paixão como condição humana, nada mais humanizante e característico do que o amor.

"I've been really tryin', baby
Tryin' to hold back this feelin' for so long
And if you feel like I feel, baby
Then come on, oh come on
Let's get it on, oh baby
Let's get it on
Let's love, baby
Let's get it on
Sugar, let's get it on

We're all sensitive people
With so much to give
Understand me, sugar
Since we got to being
Let's live
I love you"

(
Let's Get It On-Marvin Gaye)



segunda-feira, 16 de junho de 2008

Protesto futebolistico

Bem confesso sou corintiana e daí? Passei muita vergonha na noite do dia 11, precisávamos apenas não tomar nenhum mas para festa de toda a população brasileira não-corintiana levamos os dois, o sporte fez o que precisava, estava em um boa fase, o timão em recuperação, veio da segunda e juro desta vez como fiel corintiana pensei esta é nossa, bem não aconteceu, o jogo foi vergonhoso? sim, violento, truncado e desrespeitoso? sim, deu vergonha? sim, mas não há o que fazer, assumo este posto de "sofredora" para dizer só quem é corintiana sabe, entre o céu e o inferno, da 2º para o vice (infelizmente amargar o 2º lugar é dose), permaneço nesta que procuro chamar "maré de agouro", tentando livrar esta ururcubaca palmerense sãopaulina e porque não de todos não-corintianos, desta vez nem reza brava resolveu. Estou aqui confessando : sou CORINTIANA assumida, convicta, declarada, não é fácil torcer para o imprevisível mal visto e detestado, mas sou teimosa.



Não posso esquecer eita Brasil que vergonha amargamos aqueles 2 x 0 para o Paraguai, quem diria o terror Roque Santa Cruz e o gordinho Cabañas que passe, só faltou o Galvão Bueno Mala colocar a culpa no short branco, vai saber, o Dunguinha ficou triste, saudade do Felipão....Será que vamos para copa? Veremos.






domingo, 15 de junho de 2008

Beijos II : Os Inusitados

Em homenagem ao querido Ricardo os beijos inusitados que ficaram esquecidos na postagem anterior:



Claro tudo para ressaltar todos temos uma forma única de amar, sabiamente disse Caetano : "Toda maneira de amor vale à pena".


E respondendo a questão estive muito bem acompanhada no dia 12, não posso ser impessoal ao falar da paixão....Beijos, todos nos merecemos.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Não poderia perder a inspiração beijos, beijos, beijo.....











Dia do Namorados

Me proponho sempre a pensar o amor, sentimento, paixão insanidade, escrever poemas, palavras para dar conta do que estou sentindo, mas hoje pensei á respeito das diferentes formas do amor, materno, de amigo, irmãos, e o que nos toma no dia de hoje o amor romântico, a paixão. Cada um possui seu conceito á respeito do que seria "estar amando" tanto através de palavras como de ações, muito casais mais tarde estarão comemorando juntos este dia 12, em jantares, cinemas, com presentes ou apenas demonstrações de afeto, aliás as mais importantes. A união que anda tão em baixa como nos dizem as estatísticas, será mesmo? Não me contento com números, afinal sempre se vive em busca, não há como negar, a preocupação com os números nos revela isso, a idade que passa, as relações que as vezes nos frustra e desanima, mas basta um rosto novo e estaremos novamente surpreendidos por suspiros e ansiedade do encontro. Sei que os anos, a rotina, deixa tudo gasto, as vezes apático, algumas revistas tentam ensinar a nós mulheres como dar um up em seu relacionamento, em alguns casos não há mais o que se fazer o amor partiu e ficou a união pelo medo do novo. Mas e o que importa? Esta frase sempre esta presente no que escrevo,é que realmente penso o que importa? Porque mesmo quando as relações perderam o viço, elas não foram sempre assim, existiu o empenho de dois estranhos propondo esta união, dividir parte da sua vida é um ato de generosidade difícil e não magico. O que entendo eu disso, sei que preciso ainda passar por "poucas e boas" na vida, mas penso que hoje além do vermelho, das flores, corações, pensei na união pelo amor, esta proposta da atração que nos leva ao sentido primitivo, original, por mais que a sociologia diga que existe implicitamente algumas estratégias em nossas escolhas, me recuso a racionalizar um sentimento, talvez este erro grave feito por psicólogos, livros de auto-ajuda, em uma sociedade tão descrente da subjectividade, racionalizar o amor é reduzi-lo a banalidade, ter fé no invisível na modernidade é competir com o paupavel consumível que guia muitas relações, larguei mão de querer explicar este sentimento que me disseram sabiamente: "Não há como ser contido em uma espaço, descrito, comprovado, o amor é uma crença, é simplesmente o amor"

Leitor tenho direito ao romantismo por hoje.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Esta chegando

Gente com dia 12 próximo tantas propagandas, apelos, vou contribuir para o espírito da paixão, quem sabe ele se instaura em você ou apenas faça com que reflita mais sobre seu conceito de amor, nada melhor que Vinicius e seu amor romântico:

E se mais do que minha namorada
Você quer ser minha amada
Minha amada, mas amada pra valer
Aquela amada pelo amor predestinada
Sem a qual a vida é nada
Sem a qual se quer morrer
Você tem que vir comigo
Em meu caminho
E talvez o meu caminho
Seja triste pra você
Os seus olhos tem que ser só dos meus olhos
E os seus braços o meu ninho
No silêncio de depois
E você tem de ser a estrela derradeira
Minha amiga e companheira
No infinito de nós dois

(Minha Namorada - Vinicius de Moraes)


Aguardo os próximos capítulos...

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Cottonet Club

Ontem reunidos para escutar boa musica andei refletindo, esta manifestação sempre esteve presente em meus piores e alegres dias, faz com que me reúna em casa ou em lugares públicos. Todos os presentes com intuito de durante algumas horas doar atenção há um total estranho, que mexe com emoções e sensações muito intimas nossas, o bruxo "musico". Como inventamos estes sons com a voz? O famoso canto. E estes instrumentos? Tudo no empenho de aliviar a alma? Pois é assim que sinto uma boa musica alivio por vezes tensão que ressalta passagens da vida. O que explica as sensações cerebrais despertadas, a biologia da conta, mas e aquela afinidade que se tem de uma determinada voz? Interessa mais é a musica alta, que entra em todos os poros propagada como explosão de emoção, manifestação de algo primitivo mas refinado, sentimento racionalizado, sistematizado em palavras e cadencia do canto afinado. Fiquei parada observando rostos alegres, reflexivos, cantalorantes, batucadas nas mesas, pés dançantes mesmo sentados, toda a euforia manifestada naquele bar durante o show, cada pessoa com sua motivação especial, rotina diferente, todos reunidos pela musica, contidos naquela ambiente, empenhados pela boa musica, NOSSA MUSICA.

"A verdade depende tão somente das convicções do narrador"

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Depois de alguns dias.....

Inspirada pelo momento, situação e circunstância atual digo francamente:

Como adoro os beijos públicos
Abraços para todos verem
confissões que para quem passa as desconhece
Toda esta atenção
desprendimento
gosto incomparável
Vejam era somente nosso aquele instante(...)

Não consigo evitar o vermelho este mês para falar de paixão.

Agradecimento

Creio que nunca é cedo demais para agradecer, obrigada a todos com os quais compartilho minhas confissões, agradeço a disponibilidade de ler as pequenas verdades minhas, destinando parte do tempo que nos persegue e por vezes rouba pequenos pedaços dos nossos dias. Escrevo porque há tempos perdi a vergonha de dizer o que sinto e em partes permaneço com medo, sem vergonha mas com certo medo, muito feliz por compartilhar com vocês alguns momentos:

Obrigada caros amigos desconhecidos
pelas horas dedicadas
palavras lidas e algumas comentadas.

Abraços à todos.

terça-feira, 3 de junho de 2008

Dia dos Namorados??!!?


Ligo a TV o que vejo? Casais românticos, tons de vermelho, flores, anjos rechonchudos com flechas, corações, é Julho mês dos namorados, bem temos tantas datas, que sempre caem no dilema de "mais um dia para dar vazão ao consumo desvairado". Bem os publicitários capricham nos chavões sobre o amor, o que sobra para os pobres mortais que não possuem namorados, estamos em um século único de novíssimas formas de relacionamento, este significado do amor único, romântico esta deslocado, afinal como amar quando queremos mesmo é consumir um outro alguém, tudo esta bem rápido, há tempo para aquela famosa reflexão sobre o ser desejado(...) Como faço uma critica sem cair no saudosismo? Mas o amor não moveu grandes acontecimentos históricos? Existiria "cavalo de Tróia se não fosse Helena? Romances proibidos, inesperados, todos com base no sentimento que um diz ter pelo outro, fizeram a Lei criar um contrato que assinamos e afirmamos perante a todos que escolhemos um parceiro, um estranho, que dividiremos tudo, tudo repito com base no que alguém disse que sente pelo outro e vice versa. Este turbilhão que envolve alegria, raiva, vingança, atração, até ódio, constitui a relação amorosa que no final vejo não cede espaço para racionalidade e realmente minhas reflexões não dão conta. Então penso a respeito do desejo, impulsionando a todos, esta busca depois do encontro acaba? A conquista diária através de atos racionais para atingir o irracional? È difícil, bem enquanto vejo muitas propagadas fica esta frase chamou minha atenção:


"O amor é um desejo irresistível de ser irresistivelmente desejado"

Robert Frost



Sigo refletindo!!!


perdão leitor mas não pude evitar o vermelho...



segunda-feira, 2 de junho de 2008

O que importa que eles falem??
O que me importa.
Não vou esquentar a cabeça
meus pés estão frios.
Tanto para ler
afinal nada a declarar
Apenas digo:
O que importa que eles falem??
O que me importa(...)
(psiuuu fique quieta)

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Questões/Respostas

Questões:
Até que ponto se concentra o ponto?
Onde esta o fim do final da linha?
Sinto o frio ao sentir meu corpo gelar?
O ruído dos carros os leva a longas distancias?

Respostas:
O ponto se concentra no espaço que o ponto o limita.
Encontrei o final da linha presente no fim.
Meu corpo gela mesmo sem sentir frio as vezes.
Os carros fazem ruído e a distancia os diminui.
"Nada vejo, sinto ou ouço em um dia de inverno, apenas há o sol, apenas ele"

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Sebastião Salgado

Há verdade na minha visão absoluta?

Construo e desconstruo minhas formas de ação, ao refletir com a mão no queixo e o olhar perdido penso no que estou fazendo de errado, perdida em meios há tantos acontecimentos e informações. Encontrar minha utilidade esta sendo o ponto de discórdia entre meu consciente emocional e inconsciente racional. O que ando fazendo de tudo que li e ouvi? Internalizei e com isso meus princípios foram perdidos, afinal eles deveriam ser jogados fora há tempos, uma herança que não corresponde mais com minhas concepções atuais.
Talvez estas reflexões auto centradas são uma fuga, com certo estilo do disfarce poético, da realidade que estudo e está repleta de fendas, que por mais afastada das estruturas eu busque as ligações, não consigo por vezes juntar os pontos, pensar saídas. A racionalização da ciência mesmo sendo a ciência social prejudica por vezes a forma de ver o mundo e preencher os vacuos que aumentam cada vez que individualizo mais todas as situações. Não há explicação completa, fechada, um sistema que de conta do que anda ocorrendo, linhas lidas e escritas mas o encaixe social mostra peças cortadas, atuar como cientista? Sobre o que, melhor sobre quem? Afinal conheço a minha realidade, olhos sobre os demais, mas e daí? São meus olhos que observam, minha visão, minha verdade, cada ato do trabalho faz de mim um ser tão auto centrado, individuo individualizado que francamente estaria eu detendo hipóteses para problemas sociais? Tantos questionamentos mostra a racionalidade irracional que habita por vezes a ciência que pratico, bem essas reflexões andam me perseguindo, o ano logo termina(...) Culpa do Praxedes.

terça-feira, 27 de maio de 2008

Será a liberdade?Será?

Atenção ao dobrar uma esquina
Uma alegria, atenção menina
Você vem, quantos anos você tem?
Atenção, precisa ter olhos firmes
Pra este sol, para esta escuridão
Atenção
Tudo é perigoso
Tudo é divino maravilhoso
Atenção para o refrão
É preciso estar atento e forte
Não temos tempo de temer a morte
(...)
Divino Maravilhoso (Caetano Veloso)
"Escrever é um exercicio, hoje senti uma estafa enorme,
estaria eu sedentaria? ou apenas esgotada."
Perdão leitor mas hoje o vazio consome(...)
Fiquei sem graça.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Cronica da paixão injuriada, rendida e bem amada.


Há um grande empenho ao apaixonar, como é difícil quando racionalizo e sinto que estou criando uma necessidade não necessária a minha existência. Como simplificar a dependência do "outro" completo desconhecido? A falta do afeto que afeta meu dia? Estava eu caminhando, minhas leituras, trabalho, atividades e pequenos prazeres cotidianos e simplesmente em um dia me observo pensando em outro alguém, racionalizo o que sinto, na busca de compreender a invasão que me toma, mas a necessidade cresce, e meus sentidos estão concentrados no encontro deste ser, objecto agora de um desejo inexplicável. Não há nada a ser possuído além de parte da sua atenção, pequenos segredos, gerando naqueles instantes uma euforia, que me faz tola, dar pulos na esquina, tomando de assombro a vista de quem não pertence ao jogo da paixão.
Quero dizer, em seguida ao deixar para trás os momentos de intimidade, o desconforto inicial de um abraço aconchegante, fica assim um vazio repleto das expectativas do próximo encontro, a caminhada que era só minha, permanece sendo, guiada agora, com certa espera incomoda de avistar em algumas paradas o rosto conhecido do desejo. Nesta dependência do outro, não da vida, mas dos espaços preenchidos, sensações despertadas, surge o medo, racional, preventivo, quero a antiga rotina segura, porém a partir do presente instante que me apaixonei constato que a batalha esta perdida ou melhor ganha.
Construo uma imagem nova, não tenho mais o instante antigo, não existe para o que retornar, o que faço eu? Estou exposta, é publico mesmo aos que nada sabem, esta em mim declarado, implícito, reconheço nos meus olhos a sombra do teu olhar e principalmente em meu raciocínio, que de tão lógico mostra, não há caminho de volta, para quem esta perdida ou seja apaixonada(...)
"Nunca saí da moda o romantismo para quem pela paixão esta tomado"

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Presente/Futuro

Ontem reunidos em sala decidindo os nomes para nossa colação de grau, toda a cerimonia que envolve o termino do curso universitário, pensei : "Esta acabando", me impressiona como não tenho o controle da sensação da passagem do tempo, não sei se sou fruto da alienação, termo que discutimos muito ao longo do curso, talvez a quantidade de informação e a necessidade da assimilação ligeira, fez da minha vida ao longo desses quatro anos uma passagem pela lógica racional que ao passar das horas, dias e meses foi tragada pela necessidade da constante reflexão do conteúdo.
Outra palavra que habita o campo universitário, uma preocupação constante: O curso possui conteúdo adequado? Qual conteúdo da prova? Tenho conteúdo Dios mio o que é conteúdo? Estar cheio de informações? O que fazer com tantas reflexões, lidas nos textos, refletidas sobre os textos, refletidas em textos elaborados em sala, refletidas todas as reflexões na pratica cotidiana. Bem talvez o maior receio no final é a verdadeira avaliação que faremos, não sobre a carreira académica ou um bom emprego, mas o que foi apreendido? O que permaneceu em sua mente, você é um cientista social? Vejo que as reflexões irão perseguir a todos ao longo do caminho (...) uma constante que não dará sossego, talvez tudo que foi lido e dito se transforme em uma bênção ou maldição, Dios mio minha cabeça dói(...) É a escolha resta assumi-la, VAMOS EM FRENTE(...)

Vinte Anos Blues

Hoje de manhã quando acordei
Olhei a vida e me espantei
Eu tenho mais e vinte anos
Eu tenho mais de mil perguntas sem respostas
Estou ligado num futuro blue
Os meus pais nas minhas costas
As raízes na marquise
Eu tenho mais de vinte muros
O sangue jorra pelos furos
Pelas veias de um jornal
Eu não te quero, eu te quero mal
Essa calma que inventei bem sei
Custou as contas que contei
Eu tenho mais de vinte anos
Eu quero as cores e os colírios, Meus delírios
Estou ligado num futuro blue.
(Composição: Suely Costa/ Victor Martins)

terça-feira, 20 de maio de 2008

ATENÇÃO RELEVANTE

AVISO A VOCÊS CAROS AMIGO:
"nem tudo será dito
na verdade muito pouco
maior parte é superfície
o que sobra,
é essência desconhecida"


Terminal

Cada pessoa, cada destino
passos lentos ora apressados
mãos ocupadas ora vazias
regre
sso de um longo dia.
Ida a um passe
io
um jeito próprio de olhar as horas
uma palavra presa nos pensamentos
serão complexos?vazio?
Atentas ao atravessar as ruas
passos certos do destino
urgência expressa em pequenos ruídos
Onde está o ónibus?Qual seu horário?
Pés balançam perdidos
assim é expressa a passagem
no terminal urbano
transporte comum,
COLETIVO
cada pessoa, cada destino

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Zélia Gattai


As memorias de Zélia Gattai povoaram minhas memorias de infância, o que dizer da Zelinha minha ilustre conhecida desconhecida, ao conhecer sua infância constatei que a essência familiar é igual, não importa a posição politica até os anarquistas se escandalizam quando a filha é divorciada, descobre o amor e decide morar junto dele, menina corajosa, como quem não quer nada, jeito simples uniu-se ao escritor muito assediado e enfrentou até mesmo a doce terrível Dona Lalu com seu bolo inimaginável de "Puba". Quando seu avô morreu senti a dor da perda daquela figura que todos temos, senhor antigo que habita nossa infância e sempre tem algo a relatar do passado. Como não rir das artimanhas dos namoros escondidos, das peripécias do seu caõzinho ou dos primeiros esbarrões em Jorge. Obras sem pretensões com maior triunfo da memoria bem escrita, memoria vizinha a todos, redatora do grande Jorge, confidente de suas obras, Zélia partiu sábado(17) confesso que tinha esperança de conhece-la pessoalmente, dizer que sua companhia foi otima nas tardes da minha adolescência, bem fica o gosto da vida compartilhada com extrema generosidade nas paginas de seus livros tradução da sua memoria(...) Ah Zélia, ah Zelinha querida, ah faltaram palavras(...) "Perdutto e tutto il tempo, che in amor non si spende" (Perdido é o tempo que no amor não se gasta).

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Borboleta



Borboleta flutuante
onde pousou?

Por que o vento te castiga,
não há lugar para pousar?
Tristemente bate as asas
plana sobre as flores.


Borboleta flutuante

a maldade acinzentou seu brilho
de profunda sua vista
o sol aquece as batidas das asas empobrecidas.

Borboleta flutuante
sua intenção se apagou?
do seu lado mariposas se batem
perdem pó, cegam os olhos.

Borboleta flutuante
a decepção te fez voltar ao casulo(...)

abra as asas
esqueça o que foi feito do dia cinza
Hoje tem sol vai queimar o ranço,
inveja, solidão abandone tudo, Voe.


E Daí?


Proibiram que eu te amasse
Proibiram que eu te visse
Proibiram que eu saísse
E perguntasse a alguém por ti
Proíbam muito mais, preguem avisos
Fechem portas, ponham guizos
Nosso amor perguntará:
E daí? e daí?
E daí, por mais cruel perseguição
Eu continuo a te adorar
Ninguém pode parar meu coração
Que é teu,
Que é todo teu.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Desatino

Encontros esporádicos
palavras contadas
ao te ver muito pouco
as vezes passando
Penso em perguntar sobre o dia
ou como anda o tempo.
Sinto ridicula ao provocar intimidade,
com conhecido desconhecido
As vezes os corredores são curtos e pequenos demais
ou as vezes imensos para alcança-lo
O que posso dizer:
Você vem sempre aqui?
(...)

O que será que me dá
Que me bole por dentro, será que me dá
Que brota à flor da pele, será que me dá
E que me sobe às faces e me faz corar
E que me salta aos olhos a me atraiçoar
E que me aperta o peito e me faz confessar
O que não tem mais jeito de dissimular
E que nem é direito ninguém recusar
E que me faz mendigo, me faz suplicar
O que não tem medida, nem nunca terá
O que não tem remédio, nem nunca terá
O que não tem receita
O que não tem vergonha, nem nunca terá
O que não tem governo, nem nunca terá
O que não tem juízo (Chico Buarque)

quarta-feira, 14 de maio de 2008

O final de um grande show de rock traz uma sensação inusitada de grande abandono, naqueles horas, pessoas se acotovelando, empurrões, o som alto, de repente tudo tem fim, e você se pega sozinho, latas no chão, luz acesa, nenhum ruído, baque nos ouvidos, nada a fazer ou cantar, nenhuma pressão. Será assim a sensação depois que nascemos?(...) Será.

terça-feira, 13 de maio de 2008

Cale a boca Ⅱ

Espero e não falo
a espera me cala
e do medo da recusa
surge o silêncio.
Ao temer a represália
a duvida é perene
o que se houve é a ignorância.
Fico aqui sem ação
e da falta da iniciativa
receio de quem fica,
ganho a única certeza segura
de que nada fiz ou sei
permanecendo quieta e só.