sexta-feira, 3 de junho de 2011

Humanos

Repulsa humana, pés, pele, cabelo.

A boca buraco profundo,

Com sons macilentos.

Pessoas e suas coisinhas,

Medíocres dando sentido a tudo.

Mãos nos bolsos, dadas, cruzadas,

Em movimento débil e ridículo.

Risos cretinos e olhos pérfidos de curiosidade vil.

Como odeio as pernas vagando para lugares insossos,

Barrigas que roncam, que pesam, crescem e murcham.

Peles lisas e enrugadas,vistas em espelhos inúteis e

pré-determinados de padrões.

"O cu parte mais ingrata e por vezes desejada.

Espaço inseguro,

Final obscuro,

O cu este sim tem cheiro de morte".

Humano ridículo termina todos os dias,

Em contagem regressiva.

Cérebro decrépito pensando ser feliz?

O que tranqüiliza é o prazo de validade,

Somos carne, sangue, pus e pêlos,

Buscando forma e sentido em tudo,

Bolsões estúpidos, um dia estouram,

som não incomoda.