segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Saudade passageira

Do amor pelos cantos
a saudade que fica
murcha qualquer tentativa alegre de esboçar um sorriso.
Estes dias ora vagarosos ora ligeiramente traiçoeiros
levaram o viço da paixão
quando partiu o objeto do desejo
Objeto sim sem banalizações
única palavra além dos adjetivos
expressão de tudo que está aqui contido
no sentido de conter o finito.
Da distância brevemente vencida
ficou o resíduo do gosto
de por alguns dias
não ter seu sabor a alegria.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Devo postar

"Povo
não pode ser sempre o coletivo de fome.
Povo
não pode ser um séquito sem nome.
Povo
não pode ser o diminutivo de homem.
O povo, aliás,
deve estar cansado desse nome,
embora seu instinto o leve à agressão
e embora
o aumentativo de fome
possa ser
revolução"
(Affonso Romano de Sant'Anna)

Bem amigos devo informa-los que quinta dia 21/08 ele estará aqui em Maringá as 19:00 no salão social da ACEMA...Quem se dispor verá......


sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Será isto amor????

Incrível a necessidade que criamos de outros alguens, digo a necessidade que criei de um alguém, claro um alguém especifico, estava eu em minha vida, bem conhecida identificada, já composta por outros alguéns importantes, aí em um exato momento que não sei descrever ou pontuar surgiu esta nova necessidade. Ela vem, tento eu amenizar o que não pode ser contido saciado, eu que estava na rotina diária e digo até confortável, bate esta necessidade, digo necessidade porque beira o biológico vai além da vontade racional cerebral, vem do corpo, é orgânico, talvez só acabe com o fim do corpo pois está além de qualquer forma de raciocínio,não há o que impeça esta falta, semelhante a fome, uma fome que nunca será saciada. Este alguém fica preso em minha fala diária, entra em meu vocabulário e dá novo sentido para algumas palavras que antes eu não via sentido, faz que a necessidade cresça e mesmo sem sua presença eu profere seu nome por vezes ao dia...Eu desfaça meus caprichos e mau humor em plena segunda de manhã apenas com algumas palavras, e mesmo sabendo que passei anos sem aquela presença, que existe vida sem sua necessidade, eu preciso te-lo e não quero experimentar a vida anterior, ela já não existe, esta presença já fez seu registro, em minhas falas, ações, sonhos, desejos, agora é condição humana, é um sentido em minha vida....

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Queijos, pipas e marketing pessoal.

Quais serão nossas representações ideias? Bem quando construímos uma representação sobre alguém, sim esta imagem ideal, repleta de valores morais, seria uma tentativa de identificação? Classifico o outro e assim me reconheço, ser representado não é lá algo muito grato, quem é representado não possuí a possibilidade de se apresentar, redundante? Talvez, mas como questionar a representação por exemplo do padrão atual à respeito do sucesso, o que seria o sucesso, sem usar o cliché do dinheiro, o que mais? Ter uma família?bem não sei, filhos?quem sabe, resolvi eleger o "emprego" claro muito bem remunerado. A representação sobre o trabalho ideal ronda o imaginário moderno de maneira a ditar chavões que ao serem seguidos, juram os grandes profissionais do marketing é sucesso certo. Esta representação que estou falando é a do marketing pessoal, EMPREENDEDORISMO, EMPREGABILIDADE, metas, inovação, QUALIFICAÇÃO, todo um conjunto que responsabiliza o trabalhador por ser quem sabe um futuro desempregado, afinal temos que nos manter atualizados... Escreve-se livros (auto-ajuda) para nos orientar como construir uma carreira de sucesso, através do trabalho, que sempre faltou e sempre irá faltar, o desempregado surgiu junto com a prostituição(perdão leitor fui infeliz), hoje a justificativa da falta de iniciativa e preparo reforça as relações no mundo do desemprego. Estas representações diria Marilena Chauí um grande discurso ideológico culmina finalmente em um sentimento de culpabilidade imenso, que faz com que no final do meu dia, no final do meu ano letivo e no final de perguntas frequentes(ufa) pense eu "por que? por que Deus meu ciências sociais? Claro tenho meus ideiáis que 99% da população mundial não compreende e não irá me dar essa colher de chá, mas aí posso retrucar ué vou trabalhar em uma agência de propaganda....psiuuu fique quieta na academia vão te crucificar(será que podem excluir meu lattes?) Bem mas o que sonhei durante a graduação? Claro não vou me realizar assim. O que se faz com uma representação de ideal, sonho fora do esperado? Jogo com minhas estratégias(assim ensinou Bordieu), sem crise ainda consigo passar léguas de algumas palavras que deveriam "ajudar" em minha busca profissional...Não me interessa quem furou a pipa e empinou meu queijo...seja lá como for....

sábado, 2 de agosto de 2008

Ah o Amor, este mesmo.

Ah o Amor, este mesmo
que anda a me sondar
faz de cada instante o ideal para te beijar.
Ah o Amor, este mesmo
traz o desejo de pronunciar nas ruas
escrever em muros
tornar-me vândalo dos sentimentos.
Ah o Amor, este mesmo
esqueço de respirar e todo segundo
vem um suspiro
onde era o caminho?
Ah o Amor, este mesmo
faz entristecer a chegada
que anseio novamente ver-te em tua morada
Ah o Amor, este mesmo
sinto medo, alegria e desejo
escrevo, digo, convenço,
sei que irei te-lo.
Ah o Amor, este mesmo
esta aqui a me cutucar
faz com que escreva ao publico
a todos "estou a amar"...

em vermelho...