Repulsa humana, pés, pele, cabelo.
A boca buraco profundo,
Com sons macilentos.
Pessoas e suas coisinhas,
Medíocres dando sentido a tudo.
Mãos nos bolsos, dadas, cruzadas,
Em movimento débil e ridículo.
Risos cretinos e olhos pérfidos de curiosidade vil.
Como odeio as pernas vagando para lugares insossos,
Barrigas que roncam, que pesam, crescem e murcham.
Peles lisas e enrugadas,vistas em espelhos inúteis e
pré-determinados de padrões.
"O cu parte mais ingrata e por vezes desejada.
Espaço inseguro,
Final obscuro,
O cu este sim tem cheiro de morte".
Humano ridículo termina todos os dias,
Em contagem regressiva.
Cérebro decrépito pensando ser feliz?
O que tranqüiliza é o prazo de validade,
Somos carne, sangue, pus e pêlos,
Buscando forma e sentido em tudo,
Bolsões estúpidos, um dia estouram,
som não incomoda.