quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

2º parte

O Congresso

Vou escrever em tópicos diversos sem muita ordem cronológica, chegamos a praça de Maio estava bem cheio e mau organizado, muitas pessoas chegaram lá pela manhã e não conseguiram se inscrever, eu e a Fran chegamos as 15 meu trabalho seria apresentado as 18, a fila não andava, comecei a me desesperar afinal já eram 17. Fui me informar depois de muita procura encontrei um organizador, fui bem atendida, como tinha de apresentar trabalho adiantaram minha inscrição e a da Fran também, tudo foi resolvido em 10 minutos e fui informada que meu trabalho estava marcado para as 20:30 da noite. Fomos a procura do local para minha surpresa seria em uma "barraquinha" de lona no meio da praça de Mayo, claro que adorei aquele clima nada informal e convidativo. Bem tenho que dizer foi um sucesso, estava cheio, meus colegas de trabalho uma brasileira estudante de mestrado na UEM(olha só mundo pequeno) e um argentino estudante de psicologia que tratou como tema a educação em Paulo Freire outra coincidência afinal o tema de meu trabalho também era sobre o ensino da sociologia no ensino médio e os meios novos de administrar a disciplina, ao final todos queriam saber quem era Wright Mills.
No outro dia o trabalho da Fran foi muito bem executado juntamente com uma oficina que inscrevemos juntas sobre "Educação Popular". O saldo de nossa participação foi otima.




Passeios, comidinhas e compras

Os passeios que fizemos durante os sete dias que ficamos foram bons, conhecemos diversos bairros, todos muito bonitos, arejados, os restaurantes em sua maioria servem também café da manhã, pizza, doces a qualquer hora do dia, cada um come o que quiser. Lá as pessoas fazem grande parte das refeições fora de casa, com uma qualidade surpreendente é possível fazer uma refeição gourmet no valor de 23 pesos menos de 18 reais incluindo sobremesa e café.
Fizemos algumas compras os preços não estavam tão bons mas deu para trazer alguns alfajores....

Conhecemos o Bairro Recoleta, ruas largas e belas mas não encontramos o túmulo da Evita, isso até foi bem estranho procurar um cemitério pela cidade de dia em pleno sábado rs. A Calle Florida seria como a 25 de Março para compras mas os preços estavam melhores em uma pequena rua que cortava a Calle com comercio mais popular. Para nossa sorte o metro entrou em greve no segundo dia de nossa estada, algumas linhas pararam então tivemos que nos aventurar de ónibus, um capitulo a parte.
Sempre reclamamos do transporte publico os preços etc, em Buenos Aires o preço do ónibus é 90 centavos de peso mas há um problema, só é utilizado no ónibus moedas você coloca as moedas e entra, mas não há moedas na cidade, isso mesmo a falta de moedas é um problema para todos os comerciantes não te dão moedas nem trocam dinheiro, além dos ónibus correrem muito e não haver uma forma de você sinalizar sua saída (alarme "cordinha") você tem de falar para o motorista qual ponto de ónibus vai parar e ele tem de fazer a proeza de lembrar cada parada, inacreditável!!! Bem nos aventuramos e nunca ficamos perdidas sempre com mapa em punho perguntávamos sempre que necessário e nunca recebemos informações erradas...

A diferenças

Como disse não são todos os argentinos que não gostam dos brasileiros porém muitos são hostis e mal educados com a gente, em alguns lugares do comercio ao entrarmos para olhar fomos mal recebidas, a simpatia constante no Brasil não reina lá. Na cidade de Buenos Aires as estatísticas apontam que existem mais homens do que mulheres, o comportamento de muitos homens argentinos que ao contrario de que as reportagens falam ser uma imitação europeia, acediam claramente as mulheres, não se passa impune nas ruas, tanto jovens quanto velhos, considerei uma grande falta de respeito a figura feminina o que revelou uma impressão marcada do estilo dito "latino" que para mim soava de mau gosto e desrespeitoso.
O espírito politico reina em cada argentino, assunto preferido, todos palpitam sobre alguma aspecto, participantes no ultimo dia do congresso pudemos observar uma grande manifestação, lá saem as ruas mesmo, porém seu sistema político e legislativo ainda se revela de certa forma desorganizado, a forma mais forte são manifestações, os mecanismos de ação politica são inferiores aos brasileiros o que nos sobra em conselhos, formas de ação, órgãos de reivindicação falta a eles, mas o que nos falta em motivação, sobra para nossos vizinhos, sempre de livros ou jornais em punhos até os mais idosos discutem politica e formas de mudanças, gostam de uma critica.
Esta viagem apesar de alguns "desvios" foi muito boa, além de um passeio, pude observar quais as diferenças culturais, como podem pesar no cotidiano, e realmente nunca fui tão brasileira como quando estive na Argentina.....claro que gostei mais tenho que dizer como adoro meu país....



Um comentário:

Vanessa disse...

que situação......


"EU QUEROOO DESCERRRRRR !!!!!!!!!!!!!"

rsrsrsrrsrr