quarta-feira, 30 de abril de 2008

Infância

Olhei para ela, como era pequena, miúda, comigo falou por sons não distinguíveis, pensei o que diria aqueles ruídos na língua portuguesa? Aquelas mãos tão pequenas agarram as minhas e se inicia uma caminhada de passos vacilantes(...) Esta entrega corajosa desperta um passado escondido, vago, um dia eu fiz aquele mesmo caminho, ela olhando desconfiada há sua volta um apanhado de coisas enormes maiores que a força de sua voz, nossa sensação de impotência é derivada destes princípios primitivos? A ternura que em mim foi despertada vai além da condição feminina, me identifico com essa menina, ali esta presente intenções, possibilidades, expectativas, tudo está para acontecer, pouco ainda foi dito, naquela menininha eu vi a vida(...)

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