quarta-feira, 28 de maio de 2008

Há verdade na minha visão absoluta?

Construo e desconstruo minhas formas de ação, ao refletir com a mão no queixo e o olhar perdido penso no que estou fazendo de errado, perdida em meios há tantos acontecimentos e informações. Encontrar minha utilidade esta sendo o ponto de discórdia entre meu consciente emocional e inconsciente racional. O que ando fazendo de tudo que li e ouvi? Internalizei e com isso meus princípios foram perdidos, afinal eles deveriam ser jogados fora há tempos, uma herança que não corresponde mais com minhas concepções atuais.
Talvez estas reflexões auto centradas são uma fuga, com certo estilo do disfarce poético, da realidade que estudo e está repleta de fendas, que por mais afastada das estruturas eu busque as ligações, não consigo por vezes juntar os pontos, pensar saídas. A racionalização da ciência mesmo sendo a ciência social prejudica por vezes a forma de ver o mundo e preencher os vacuos que aumentam cada vez que individualizo mais todas as situações. Não há explicação completa, fechada, um sistema que de conta do que anda ocorrendo, linhas lidas e escritas mas o encaixe social mostra peças cortadas, atuar como cientista? Sobre o que, melhor sobre quem? Afinal conheço a minha realidade, olhos sobre os demais, mas e daí? São meus olhos que observam, minha visão, minha verdade, cada ato do trabalho faz de mim um ser tão auto centrado, individuo individualizado que francamente estaria eu detendo hipóteses para problemas sociais? Tantos questionamentos mostra a racionalidade irracional que habita por vezes a ciência que pratico, bem essas reflexões andam me perseguindo, o ano logo termina(...) Culpa do Praxedes.

Um comentário:

Daliana Antonio disse...

Lindo!!!
São esses sentimentos que te fará uma cientista!

Abraço